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Há três meses filiado no PSD, partido para o qual migrou diante da promessa de poder disputar uma cadeira no Senado Federal, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, admitiu a possibilidade de uma disputa interna com o senador e pré-candidato à reeleição, Vanderlan Cardoso, pela indicação para a segunda vaga na chapa governista.

“Acho que pode ocorrer, e dentro daquilo que conversei com o Vanderlan, é uma disputa natural, saudável”, afirmou, em entrevista ao Jornal Opção.

Mendanha revelou ter tido três garantias da cúpula pessedista para se filiar: poderia apoiar o governador Ronaldo Caiado em seu projeto para o Palácio do Planalto, apoiar o vice-governador Daniel Vilela para o Palácio das Esmeraldas e poderia construir livremente sua pré-candidatura para o Senado Federal.

Questionado, o pré-candidato revela que “obviamente” tentará ser o segundo nome na chapa do governo para a disputa ao Senado, uma vez que a primeira já pertenceria à primeira-dama do Estado, Gracinha Caiado. “Meu primeiro voto no Senado não será para mim, será para a Gracinha”, destaca o ex-prefeito.

Acontece que Vanderlan, presidente estadual do PSD, teria exatamente o mesmo interesse e trabalha de forma intensa para consolidar sua pré-candidatura à reeleição. O senador, que tem se aproximado governador Ronaldo Caiado e de sua base nos últimos meses, chegou a se licenciar do mandato no Senado e hoje roda os municípios de Goiás em busca de fortalecer suas alianças.

Para Gustavo Mendanha, caberá aos dois “maturidade” para decidir quem será o nome que representará o PSD na corrida eleitoral.

“Claro que se forem múltiplas candidaturas, tanto eu quanto ele [Vanderlan] podemos ser candidatos dentro do partido. Se lá na frente for dito que só vai ter uma vaga e haver essa disputa, cabe a nós, com muita maturidade, sentar e discutir eleitoralmente quem tem mais condições de vencer o pleito”, concluiu.

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