Alegação de Helen Brandão foi desmentida pelo Projeto Comprova, grupo de jornalismo colaborativo que visa apurar informações e comprová-las a partir de dados comprovados

Segunda dose da vacina da Pfizer não reduz imunidade de pacientes que já foram infectados pela Covid-19, ao contrário do que foi afirmado por médica goiana.

A médica goiana Helen Brandão, especialista em dermatologia e medicina estética, foi refutada pelo chamado Projeto Comprova, depois de ter afirmado que a segunda dose do imunizante da Pfizer é capaz de reduzir a imunidade de pessoas que já foram infectadas pela Covid-19. Helen fez o post com base em um estudo que sugere que apenas uma dose da vacina em questão para aqueles que já contraíram a doença seria o suficiente, já que esses indivíduos teriam desenvolvido parte de sua imunidade quando foram infectados pelo coronavírus.

No entanto, o estudo mencionado no post feito por Helen não afirma em momento algum que a imunidade daqueles que receberem a segunda dose da Pfizer depois de terem tido a doença pode baixar e também não alega que o uso da vacina em questão deve ser suspenso, assim como diz a publicação feita pela médica. 

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, as orientações para o uso do imunizante da Pfizer continuam as mesmas e estão sendo asseguradas pela própria fabricante da vacina e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  Segundo o post da médica, a pesquisa demonstraria que a segunda dose do imunizante prejudica a imunidade de pacientes recuperados. O levantamento feito pelo estudo mencionado por Brandão apresenta constatações em outra linha de raciocínio: a de que a vacina é importante, mas que em vez de duas doses da Pfizer, uma dose única seria o suficiente para pessoas já recuperadas de Covid-19.

Em uma outra checagem feita pelo Projeto Comprova, foi possível denotar que Helen também já chegou a citar, em outras ocasiões, estudos não conclusivos sobre uma possível conspiração da indústria farmacêutica contra a cloroquina.