Maternidade Dona Iris fará testagem de Covid-19 em todos os bebês que estão na unidade

Segundo comunicado feito por vídeo pela infectologista Ana Carolina, que atua na unidade, após testagem dos bebês, reabertura será discutida

Foi divulgado nesta terça-feira, 9, um comunicado realizado por meio de vídeo, em que Ana Carolina Lemes David Portes, médica infectologista na Maternidade Dona Íris esclarece sobre os motivos que levaram a unidade médica a fechar as portas. Na noite desta segunda-feira, 8, o Jornal Opção noticiou o surto de Covid-19 associado à superbactéria KPC.

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No vídeo, a médica explica que a Maternidade Dona Iris, na UTI Neonatal, tem a rotina de fazer a fazer a coleta do swab de vigilância a cada 15 dias. “Por sermos uma UTI Neonatal e recebermos bebês de extrema prematuridade, eles passam por longos períodos de internação, correndo risco de serem colonizados por bactérias multirresistentes, como a KPC”, informou a infectologista.

“Por isso, a cada 15 dias eles são submetidos à coleta dos swabs para a gente ver se tem alguma bactéria crescendo em algum bebê, que seja multirresistente e que a gente precise isolar esses bebês. A gente tinha bastante tempo, mais de um ano, que não tínhamos nenhuma bactéria do tipo KPC na nossa unidade. Esse mês, devido à nova vigilância constante, foi constatado um bebê colonizado. Ele não teve infecção. Está super bem e recebendo alta nesta semana”, disse Ana Carolina.

“O motivo pelo qual a gente fechou temporariamente a nossa unidade não se deve ao fato dessa bactéria estar presente lá. O bebê foi isolado, um caso único. Conseguimos conter o crescimento dessa bactéria. Nosso problema foi uma mãe que estava com sintomas respiratórios. Como todos sabem, nossa unidade é uma UTI Neonatal humanizada”, contou.

“As mães permanecem o tempo inteiro com os seus bebês dentro da UTI Neonatal. Assim que detectamos que ela tem sintomas respiratórios, porque temos sido bastante vigilantes em relação a isso, optamos por coletar o PCR para a SARS-COV-2 (Covid-19) e esse swab veio positivo. Como era um bebê que estava em berço aberto e já tinha condição de alta para o [método] canguru, tivemos a preocupação de que outros bebês pudessem estar contaminados. Assim como funcionários nossos, que trabalham em outras unidades, estão contaminados.”

De acordo com Ana Carolina, a preocupação com a disseminação da Covid-19 foi a principal causa do fechamento da unidade. Segundo ela, todos os bebês internados serão submetidos aos exames da SARS-COV-2 e conforme o resultado, uma reabertura será discutuda. “Pelo risco, os bebês que forem internados nessa unidade, optamos pelo fechamento”, falou.