Ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro, o general Mario Fernandes admitiu ser autor do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”. O plano previa o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Fernandes disse que o plano não passava de um “pensamento” seu que foi digitalizado. “É arquivo digital que nada mais retrata do que pensamento meu que foi digitalizado, análise de riscos que fiz e por costume próprio decidi digitalizar. Não foi apresentado a ninguém nem compartilhado com ninguém. E garanto que se meu HD fosse extraído dos autos desse processo em nada impactaria o processo”, afirmou Fernandes.

O general foi convocado para explicar as motivações de um plano detalhado de sequestro e homicídio contra autoridades e recursos necessários, como pistola granada, lançador de foguete antitanque. “Não passa de pensamento digitalizado. Compilamento de dados, análise de um militar…”, disse.

Além disso, Fernandes confirmou que chegou a imprimir o documento, mas nega ter apresentado ou compartilhado com alguém. “Por costume pessoal de evitar ler documento na tela. Imprimi para mim e depois rasguei”, afirmou.

“Foi numa das minhas idas ao Alvorada… o presidente me disse ‘estamos fazendo contatos políticos para ver como podemos desenvolver essa conversa, essa negociação com os demais poderes’”, relatou. “Em meados de dezembro já notávamos a decisão dele, de que tinha amparo de tomar decisão e ter amparo de demais poderes, sempre apoiado na Constituição”. (Não há nenhum artigo na Constituição que dê amparo legal a uma trama golpista).

Leia também

Em resposta ao STF, Bolsonaro nega ter violado medida cautelar e que não tem controle sobre o conteúdo publicado em redes sociais