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Anápolis Márcio Mobilidade

O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), determinou a realização de um estudo técnico para reavaliar o futuro do corredor exclusivo de ônibus da Avenida Brasil. A medida abre a possibilidade de liberar o tráfego da via para outros tipos de veículos.

Em vídeo publicado nas redes sociais nesta quinta-feira, 16, o prefeito classificou o modelo atual como “muito equivocado” e “ineficiente”. Segundo ele, o corredor, implantado parcialmente na gestão de João Gomes (à época no PT) e concluído durante o governo de Roberto Naves (Republicanos), foi pensado em um contexto urbano diferente, quando o transporte coletivo tinha mais linhas e não havia aplicativos como Uber e 99.

O projeto recebeu investimentos superiores a R$ 70 milhões, mas, hoje, enfrenta críticas por parte de motoristas e moradores. Com a redução das linhas de ônibus e o aumento da frota de veículos particulares, a faixa exclusiva passou a ser desrespeitada com frequência. Dirigir pelo corredor é infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e sete pontos na CNH.

Márcio Corrêa afirmou que o corredor “não trouxe os benefícios esperados” e destacou que a estrutura “gerou mais transtornos e acidentes”. “É horrível e sem sentido. O ganho é muito pequeno para o transtorno que causa”, disse.

O estudo solicitado à Companhia Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT) vai analisar três cenários: manter o corredor como está, liberar o uso para mototaxistas, taxistas e motoristas de aplicativo, ou remover completamente a faixa exclusiva.

De acordo com o prefeito, a decisão final será tomada com base em critérios técnicos, a exemplo do que ocorreu nas recentes intervenções nos trevos da cidade. Um grupo com representantes de diferentes áreas da administração municipal ficará responsável pela análise.

Márcio afirmou ainda que a discussão sobre o corredor marca o início de uma revisão mais ampla da mobilidade urbana em Anápolis, com previsão de novos investimentos em ciclovias e ciclofaixas. “É hora de encarar o problema e encontrar uma solução definitiva”, concluiu.

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