O vereador Major Vitor Hugo (PL) convocou uma audiência pública no dia 30 de setembro, às 14h, no plenário da Câmara Municipal de Goiânia, com o objetivo de discutir medidas de enfrentamento à violência contra a mulher. O encontro será aberto ao público.

Segundo o parlamentar, a iniciativa surgiu diante do aumento dos índices de criminalidade contra mulheres no país. “O aumento da violência contra a mulher em todo o Brasil e, logicamente, o reflexo disso em nossa capital nos obrigam a trazer esse debate. Se você olhar o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, nas edições de 2024 e 2025, houve crescimento exponencial em todos os crimes: feminicídio, tentativa de feminicídio, estupro, estupro de vulneráveis, stalking, concessão de medidas protetivas. Tudo isso aumentou de maneira significativa”, afirmou ao Jornal Opção.

Ele ressaltou ainda a gravidade dos episódios recentes que ganharam repercussão nacional. “Temos visto casos absurdos: 60 socos em uma mulher dentro do elevador, cortar as mãos de outra, jogar ácido no corpo de uma vítima. Chegou a hora da gente debater esse tema com profundidade, porque está em jogo a vida e a integridade física e psicológica das nossas mães, irmãs, amigas, esposas, namoradas, noivas e filhas”, disse.

Entre as medidas apontadas por Major Vitor Hugo, está a conclusão da Casa da Mulher Brasileira em Goiânia. “Essa é uma medida efetiva. Quando eu era deputado federal, consegui junto à então ministra Damares os recursos para a obra, no valor de 10 milhões e meio de reais. Infelizmente, a unidade já era para estar pronta há muito tempo, mas continua em andamento”, disse.

Ele também defende o fortalecimento da Guarda Civil Metropolitana para auxiliar no apoio às vítimas. “Estou estudando no orçamento da cidade, no PPA e na LOA, de que maneira reforçar a capacidade da Guarda Civil Municipal para poder ajudar também no patrulhamento e no atendimento das mulheres vítimas de violência”, explicou.

O vereador destacou ainda a importância do envolvimento amplo da sociedade. “Acho que precisamos do engajamento de todas as instituições, com liberdade de expressão e possibilidade de discussão profunda acerca do tema. Por isso convidamos deputadas, senadores, juízes, promotores, delegadas, oficiais da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e associações de vítimas. Vai ser uma audiência bem abrangente e tenho certeza de que sairemos com grandes encaminhamentos”, concluiu.

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