De acordo com sentença, deputada pode ficar com direitos políticos suspensos por dez anos; Magda afirma que é inocente e vai recorrer

De acordo com deputada, há provas de que os palm tops foram entregues a sucessor | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
De acordo com deputada, há provas de que os palm tops foram entregues a sucessor | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

A deputada federal e ex-prefeita de Caldas Novas Magda Mofatto (PR) foi condenada, no último dia 21 de julho, por improbidade administrativa. De acordo com a sentença do juiz Tiago Luiz de Deus Costa Bentes, a deputada teve como sanções a suspensão dos direitos políticos por dez anos, o pagamento de multa equivalente a duas vezes o valor do dano, de aproximadamente 112 mil reais e a proibição de contratar com o Poder Público por dez anos.

Foram condenados na mesma sentença o secretário municipal de Saúde da época, Ricardo Garcia, e Roberto Santos, o dono da empresa que venceu a licitação para fazer o cadastramento e confeccionar cartões do Sistema Único de Saúde (SUS).

A decisão é de primeira instância e, portanto, ainda cabe recurso. Em entrevista ao Jornal Opção, Magda afirmou que vai recorrer da sentença. De acordo com ela, ela vai à Justiça provar que, enquanto foi prefeita, não fez nada errado.

De acordo com a Justiça, a deputada, enquanto ainda era prefeita de Caldas Novas, autorizou a compra de 20 palm tops que seriam utilizados no cadastramento de usuários do SUS. Entretanto os aparelhos – custeados pelo Fundo Municipal de Saúde – não foram mais encontrados, segundo a sentença.

A deputada reforçou que a Secretaria de Saúde tem gestão plena e que o então secretário da pasta recebeu os palm tops e os deixou para o sucessor. “Tem as provas de que ele [o secretário] deixou os palm tops na secretaria, o sucessor afirmou que recebeu os aparelhos”, explicou.

Magda declarou ainda que em época de eleição os processos têm uma celeridade fora do comum, o que dá a impressão de que isso é feito para prejudicar possíveis candidatos. “Nessa época sempre tem notícia para desgastar os políticos, isso é normal. Os projetos ganham uma celeridade fora do comum, acaba época de campanha e os processos voltam a andar devagar”, defendeu.