O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, aproveitou a ida a Brasília nesta quinta-feira, 11, quando participou de um evento promovido pelo movimento Todos pela Educação, para conversar com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e tentar negociar uma dívida de cerca de R$ 200 milhões deixada pela gestão do ex-prefeito Rogério Cruz.

A pendência, segundo o prefeito Sandro Mabel, engloba o ressarcimento ao SUS do valor de R$ 119 milhões, que deveriam ter sido pagos a fornecedores, mas foram desviados para outras finalidades, mais o valor do pagamento a esses próprios fornecedores.

“Conversei com ele [Padilha], e ele disse que iria ver o que pode fazer”, disse o prefeito.

A dívida, que teria sido notificada pelo Ministério da Saúde em novembro deste ano, inclusive serviu de embasamento para o pedido de Mabel enviado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para prorrogar por 180 dias os efeitos do decreto de calamidade na Saúde.

Confusão

A proposta foi alvo de bate-boca de deputados na deliberação da CCJ nesta quinta-feira, ocasião em que Talles Barreto, que é líder do governo, e Clécio Alves trocaram insultos e quase foram às vias de fato.

Apesar da tramitação turbulenta, o Jornal Opção apurou que a prorrogação do decreto não deve enfrentar dificuldades e pode receber aval da Alego já na próxima semana.

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“Pente-fino”

Conforme revelado pela coluna Bastidores em novembro deste ano, Sandro Mabel se reuniu com o ministro Alexandre Padilha em julho para apresentar demandas de Goiânia na Saúde e pedir ao Ministério que fizesse uma investigação “pente-fino” em todos os repasses federais feitos para a Saúde de Goiânia durante a gestão de Rogério Cruz.

Em novembro, o gestor esteve novamente em Brasília e teria reforçado o pedido.

Conforme já noticiado pela coluna, Mabel teria identificado repasses que foram realizados, mas se perdido pelo caminho, sem nenhum investimento que resultasse deles na gestão anterior.