Mabel tenta negociar em Brasília dívida de R$ 200 milhões do SUS deixada por Rogério Cruz
11 dezembro 2025 às 19h21

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O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, aproveitou a ida a Brasília nesta quinta-feira, 11, quando participou de um evento promovido pelo movimento Todos pela Educação, para conversar com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e tentar negociar uma dívida de cerca de R$ 200 milhões deixada pela gestão do ex-prefeito Rogério Cruz.
A pendência, segundo o prefeito Sandro Mabel, engloba o ressarcimento ao SUS do valor de R$ 119 milhões, que deveriam ter sido pagos a fornecedores, mas foram desviados para outras finalidades, mais o valor do pagamento a esses próprios fornecedores.
“Conversei com ele [Padilha], e ele disse que iria ver o que pode fazer”, disse o prefeito.
A dívida, que teria sido notificada pelo Ministério da Saúde em novembro deste ano, inclusive serviu de embasamento para o pedido de Mabel enviado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para prorrogar por 180 dias os efeitos do decreto de calamidade na Saúde.
Confusão
A proposta foi alvo de bate-boca de deputados na deliberação da CCJ nesta quinta-feira, ocasião em que Talles Barreto, que é líder do governo, e Clécio Alves trocaram insultos e quase foram às vias de fato.
Apesar da tramitação turbulenta, o Jornal Opção apurou que a prorrogação do decreto não deve enfrentar dificuldades e pode receber aval da Alego já na próxima semana.
Leia também: Sessão da Alego é suspensa após bate-boca entre deputados: “vagabundo”; vídeo
“Pente-fino”
Conforme revelado pela coluna Bastidores em novembro deste ano, Sandro Mabel se reuniu com o ministro Alexandre Padilha em julho para apresentar demandas de Goiânia na Saúde e pedir ao Ministério que fizesse uma investigação “pente-fino” em todos os repasses federais feitos para a Saúde de Goiânia durante a gestão de Rogério Cruz.
Em novembro, o gestor esteve novamente em Brasília e teria reforçado o pedido.
Conforme já noticiado pela coluna, Mabel teria identificado repasses que foram realizados, mas se perdido pelo caminho, sem nenhum investimento que resultasse deles na gestão anterior.
