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A derrota do governo Lula na tentativa de votar o PL das Fake News expôs a fragilidade da base do presidente na Câmara. Tudo como um dos projetos prioritários da Alvorada, a votação da proposta será o termômetro para medir o tamanho da influência e força de articulação de Lula e Arthur Lira (PP).

A outra grande aposta errada de Lula na semana passada foi a votação que abriu brecha para a derrubada do marco legal do saneamento básico. Depois de ter sido votada a urgência por 322 a 136, o governo autorizou a liberação de R$ 3 bilhões em emendas que devem ser destinadas à saúde.

As modificações permitem que empresas estatais prestem serviços sem licitação com municípios em região metropolitana e macro regiões. A proposta foi criticada por Lira, que disse que não aceitaria retrocessos. “Defendo a revisão do marco com o propósito de aperfeiçoar a legislação. Porém, alerto que o parlamento irá analisar criteriosamente as sugestões”, publicou.

Para o deputado Rubens Otoni, o PL das Fake News não é um projeto de governo e que por isso a articulação política se dará no âmbito das lideranças partidárias. “Minha avaliação é que a base de apoio ainda está sendo construída.O grande número de partidos representados no Congresso exige um maior tempo de diálogo e uma atenção especial aos temas diversos que estarão na pauta política do Congresso”, comentou.

Ele avalia que a cobrança por liberação das emendas impositivas é correta e que é uma obrigação do governo.