O presidente Lula (PT) se reuniu nesta quinta-feira, 4, com lideranças e influenciadores de comunidades periféricas em Belo Horizonte, alertando sobre o “risco de anistia” no Congresso Nacional e defendendo a eleição de mais representantes das periferias. Segundo o petista, embora o governo tenha conseguido aprovar boa parte de suas propostas, a “extrema-direita” ainda possui força significativa, tornando essencial a mobilização popular.

O encontro ocorreu no Aglomerado da Serra, onde Lula destacou a importância de politizar as comunidades e combater a desinformação. “A mentira voa, a verdade engatinha”, afirmou, lembrando que a participação ativa dos cidadãos é fundamental para avaliar o funcionamento das políticas públicas. A primeira-dama, Rosângela da Silva, também participou da conversa.

O presidente reforçou a necessidade de cobrança e crítica ao governo: “Se vocês não cobrarem, a gente pensa que as coisas estão bem”. Lula também enfatizou a importância de ter representantes da periferia no Congresso, apontando o desequilíbrio entre deputados ligados ao campo e representantes populares, e defendendo a ideia de que a democracia vai além do voto, incluindo participação e sugestão na gestão pública.

No mesmo dia, Lula participou do lançamento do programa Gás do Povo, que substitui o Auxílio Gás e prevê a gratuidade do botijão de gás para 15,5 milhões de famílias, beneficiando cerca de 50 milhões de pessoas. Ele destacou que os primeiros dois anos de seu governo foram focados em “consertar o país”, reforçando seu compromisso com políticas sociais.

A visita a Minas Gerais, a sétima em 2025, também teve caráter eleitoral, com foco no apoio à candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD) ao governo estadual. Em discursos paralelos, Pacheco destacou a defesa da soberania brasileira diante de pressões externas e ataques do governo Trump, enquanto parte da plateia manifestou insatisfação com o governador Romeu Zema (Novo), pré-candidato ao Planalto em 2026.

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