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Márcio Lobão, investigado por corrupção e lavagem de dinheiro, foi solto por falta de justificativas para a custódia preventiva

Foto: Reprodução

João Pedro Gebran Neto, relator da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, determinou que Márcio Lobão, filho do ex-senador Edison Lobão, fosse solto neste sábado, 14. Márcio Lobão é investigado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Transpetro e a usina de Belo Monte e estava preso preventivamente desde a última terça-feira, 10.

Márcio Lobão tornou-se suspeito na 65ª fase da Operação Lava Jato por solicitar, juntamente com o pai, pagamento de propina dos Grupos Estre e Odebrecht. Além dos indícios de lavagem de dinheiro em compras e vendas de imóveis, simulações de empréstimos e contas offshore, o a propina somaria valores na ordem de R$ 50 milhões.

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O desembargador João Pedro Gebran Neto justificou a decisão afirmando que sua prisão carece de justificativa específica em relação à custódia preventiva, apesar de entender aplicável a autorização de imposição de medida cautelar diferente da prisão. Estas medidas podem ser, proibição de deixar o país, de fazer contato com demais investigados e comparecimento obrigatório ao interrogatório judicial. 

A fiança condicionada à soltura de Márcio Lobão foi de R$ 5 milhões, abatidos de seus bens bloqueados em conta. O patrimônio do filho do ex-senador é de R$ 44 mi, além de R$ 6,4 mi ocultos na Suíça, segundo a força-tarefa da Lava Jato.