Um mulher, apontada como uma das líderes de uma organização criminosa que trafica mulheres brasileiras para serem exploradas sexualmente em outros países, foi presa em Goiás nesta quarta-feira, 10. Segundo a Polícia Federal (PF), as vítimas eram encaminhadas para países da Ásia e Europa. Cerca de 100 mulheres que foram exploradas já foram identificadas até o momento.

A corporação cumpriu mandados de busca e apreensão em Goiás e também no Distrito Federal. Também foram realizados bloqueio de bens e valores que podem chegar a R$ 58 milhões.

A mulher presa foi apontada como responsável pela manutenção de redes transnacionais de exploração sexual em países como Sérvia, Jordânia, Israel, Áustria, Croácia, Emirados Árabes Unidos e Montenegro.

As investigações revelam que as vítimas era recrutadas por meio das redes sociais e aplicativo de mensagens. A promessa era de ganhos altos e viagens financiadas. Ao chegarem aos países, as mulheres eram submetidas a condições degradantes e jornadas exaustivas. Elas também tinham seus documentos retidos, e eram vítimas de ameaças, chantagens, coação, além de monitoradas por aplicativos de geolocalização de maneira constante.

A operação contou com a cooperação internacional, por meio da Europol, e ocorre simultaneamente no Brasil e na Europa, com foco na coleta de provas e responsabilização dos envolvidos.

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