Levy causa mal estar após declaração sobre Dilma e deve se explicar no Senado
29 março 2015 às 15h21

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Durante palestra, ministro da Fazenda afirmou que presidente nem sempre age da maneira mais eficaz. Em nota, auxiliar condenou “interpretação” da imprensa

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, gerou mal estar entre governistas ao dizer, durante evento na terça-feira (24/3), em São Paulo, que a presidente Dilma Rousseff (PT) possui um “desejo genuíno” de acertar, mas não o faz da “maneira mais fácil e efetiva”.
“Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil… Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno”, declarou o auxiliar a dezenas de alunos da escola de negócios da Universidade de Chicago.
A declaração foi divulgada apenas neste sábado (28) no jornal “Folha de S. Paulo”. O Palácio do Planalto informou, no mesmo dia, que não se pronunciaria a respeito. Levy deve ser convidado a se explicar melhor sobre a declaração durante audiência que participará, na próxima terça-feira (31/3), na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Em nota, a assessoria de comunicação do Ministério da Fazenda se manifestou dizendo que Levy “lamenta a interpretação dada à sua frase”, que teria sido proferida em uma conversa informal.
“O ministro sublinha que os elementos dessa fala são os seguintes: aqueles que têm a honra de encontrarem-se ministros sabem que a orientação da política do governo é genuína, reconhecem que o cumprimento dos seus deveres exige ações difíceis, inclusive da Excelentíssima Senhora presidente, Dilma Rousseff, e eles têm a humildade de reconhecer que nem todas as medidas tomadas têm a efetividade esperada”, diz a nota.