A cantora norte-americana Lauryn Hill, vencedora de oito prêmios Grammy e uma das vozes mais marcantes da música mundial, emocionou o público ao se apresentar no show de abertura do sorteio da Copa do Mundo da FIFA. A artista interpretou “Lost Ones”, clássico de seu álbum solo, diante de uma plateia que incluía o músico Wyclef Jean e a delegação do Haiti — uma cena que evocou a história dos Fugees, grupo que marcou uma geração nos anos 1990.

Quem é Lauryn Hill

Lauryn Noelle Hill, nascida em 26 de maio de 1975, em South Orange, Nova Jersey (EUA), é cantora, compositora, rapper, produtora musical e atriz. Tornou-se mundialmente conhecida por sua atuação no trio Fugees, ao lado de Wyclef Jean e Pras Michel. O grupo lançou dois álbuns, entre eles o seminal “The Score” (1996), considerado um dos discos mais importantes da história do hip-hop. A obra vendeu mais de 20 milhões de cópias e consolidou a mistura de rap, reggae, soul e letras politicamente engajadas.

Um dos maiores álbuns de todos os tempos | Foto: Reprodução

No fim dos anos 1990, Hill iniciou carreira solo e alcançou um marco raramente igualado: o aclamado “The Miseducation of Lauryn Hill” (1998). O álbum, que combina rap, soul, R&B e gospel, lhe garantiu cinco prêmios Grammy em uma única noite, incluindo Álbum do Ano — feito inédito para uma artista de hip-hop na época. Faixas como Ex-Factor, Everything Is Everything e Lost Ones tornaram-se hinos geracionais e moldaram a estética do neo-soul.

Influência cultural e legado

Apesar de ter lançado apenas um álbum de estúdio, Lauryn Hill é considerada uma das figuras mais influentes da música contemporânea. Seu trabalho ajudou a abrir espaço para artistas mulheres no rap e redefiniu os limites entre gêneros musicais. Diversos músicos e pesquisadoras da cultura pop apontam The Miseducation como uma das obras mais importantes do século XX, frequentemente citada em listas históricas da Rolling Stone, Billboard e da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.

Ao longo dos anos, Hill manteve agenda seletiva e apresentações esporádicas, marcadas por forte conexão política, espiritual e social. Sua postura crítica em relação à indústria fonográfica, bem como suas transições pessoais, contribuíram para a aura de artista cultuada e rara.

Leia também:

Confira dicas de panetones para deliciar ou presentear neste Natal

Marcha “Levante Mulheres Vivas!” contra o feminicídio acontece neste domingo em Goiânia