Justiça goiana ouve assassino do cartunista Glauco por morte de agente penitenciário
24 agosto 2015 às 16h00

COMPARTILHAR
Após quatro anos de ter sido considerado inimputável, Cadu responde, agora, pelos crimes de latrocínio, receptação e porte ilegal de arma de fogo
A Justiça goiana ouve, nesta terça-feira (24/8), durante audiência de instrução e julgamento, na 5ª Vara Criminal de Goiânia, Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido como Cadu. O assassino do cartunista Glauco responde, agora, pelos crimes de latrocínio, receptação e porte ilegal de arma de fogo.
[relacionadas artigos=”15434,19206″]
O processo é referente à morte do agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes d’Abadia, de 45 anos. Ele foi atingindo com um tiro na cabeça ao reagir a um assalto no dia 28 de agosto do último ano, no Setor Bueno, em Goiânia. Após entrar em briga corporal com Cadu, a vítima foi alvejada e o autor do disparo fugiu com a ajuda de um comparsa.
Cadu também é acusado de matar com tiros o estudante Mateus Morais, de 21 anos, três dias após atirar no agente, também em Goiânia. O jovem foi preso na capital no dia 1º de setembro, durante uma abordagem policial.
Diagnosticado com esquizofrenia, ele passava por acompanhamento psiquiátrico na época dos crimes. Neste período, o pai do jovem informou que o filho havia demonstrado alterações de comportamento.
O réu ficou conhecido pelo assassinato do cartunista Glauco, em 2010. Um ano depois, ele foi declarado inimputável pela Justiça, tendo ficado inicialmente em um complexo médico penal do Paraná e depois transferido para Goiânia. Em setembro de 2014, a Justiça de Goiás decidiu que o assassino poderia sair da clínica psiquiátrica onde estava internado e voltar para a casa de seus pais. Conforme decisão judicial da época, o jovem estaria apto a passar para o tratamento ambulatorial.