Justiça determina afastamento de Sérgio Camargo das atividades da Fundação Palmares

12 outubro 2021 às 07h59

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Pedido foi do Ministério Público do trabalho em ação que apura denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da instituição

O juiz da 21ª Vara do Trabalho de Brasília, Gustavo Carvalho Chehab, determinou o afastamento de Sérgio Camargo das atividades institucionais da Fundação Palmares. O presidente da instituição foi processado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários.
Com o afastamento, Sérgio Camargo fica proibido de nomear e exonerar servidores, praticar atos de remoção, nomeação, cessão, transferência, entre outros. A justiça impôs multa diária de R$ 5 mil caso as decisões sejam descumpridas.
A medida foi concedida em forma de tutela de urgência. Segundo o magistrado, o intuito é coibir práticas abusivas. Enquanto estiver vigente a decisão, a gestão de pessoas será exercida por Marcos Petrucelli, diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultural Afrobrasileira.
Além disso, foram proibida publicações em desfavor de trabalhadores, ex-trabalhadores, representantes e órgãos da Justiça e da imprensa nas redes sociais da instituição e do próprio Camargo. O Twitter foi oficiado para fornecer mensagens postadas pelos perfis da Palmares e de seu presidente desde 2019 para apurações.
Em seu perfil na rede social, Camargo se manifestou: “O suposto assédio moral é mera narrativa gerada por militantes de esquerda e traíras que tive a infelicidade de nomear. Estou tranquilo e confiante”, escreveu.
Mário Frias, secretário da Cultura, postou mensagem de apoio em seu perfil no Twitter e disse que pediu que a Advocacia Geral da União resolva a situação.