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MP do Paraná fez anúncio em coletiva na manha desta segunda-feira. Autor dos disparos permanece internado

A Justiça decretou a prisão preventiva do apoiador de Jair Bolsonaro (PL), que assassinou o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, no último fim de semana. O anúncio foi feito em coletiva do Ministério Público do Paraná (MP-PR), realizada na manhã desta segunda-feira.

O policial penal federal Jorge Guaranho é acusado de matar a tiros o vizinho Marcelo Arruda, de 50 anos, que fazia uma festa de aniversário com temática homenageando o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula. Além de guarda municipal, Arruda também era tesoureiro do PT.

Guaranho também foi baleado pelo guarda municipal durante o episódio, mas sobreviveu. Ele está internado em um hospital de Foz do Iguaçu e deve ser ouvindo assim que estiver em condições de saúde para prestar depoimento, conforme esclareceu o promotor de Justiça Tiago Lisboa Mendonça. Ele também informou que as investigações passam a contar com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na intenção de esclarecer alguns pontos cruciais da investigação.

“Vários pontos precisam ser esclarecidos. Qual razão ele esteve no local? Foi apurado de que ele era membro de uma associação da região. Em razão de que ele poderia estar ai fazendo rondas externas que eram feitas, mas é necessário apurar se dentro dessa ronda, ia até aquele ponto específico. […] Outro motivo é se havia alguma indicação de que ali ocorria festa temática, música e afins. […] Para a apuração talvez façamos a reprodução simulada dos fatos. […] Querermos esclarecer os fatos, por qual razão esse crime bárbaro foi cometido e punir o responsável ou responsáveis,” afirmou o promotor.

O corpo de Arruda foi velado nesta segunda-feira, 11, em Foz do Iguaçu.