Magistrado determinou que o processo siga em segredo de justiça, haja vista a patologia informada pelo custodiado. Defesa disse que ex-ator é portador de HIV, câncer e depressão

O juiz Vitor França Dias Oliveira, da Vara de Custódia da comarca de Goiânia, converteu a prisão de Wigor Oliveira Lima, de 28 anos, em preventiva. A decisão foi tomada nesta quinta-feira, 02. O acusado participou como ator do filme Dois Filhos de Francisco, no qual interpretou Luciano, que forma dupla sertaneja com o irmão dele, Zezé di Camargo. Wigor foi preso em flagrante, no Setor Cidade Jardim, por tráfico de drogas.

Durante a audiência de custódia, o advogado de Wigor manifestou pelo relaxamento da prisão. O representante do Ministério Público, por sua vez, homologou pela conversão da prisão em preventiva. O magistrado argumentou que os fatos narrados no inquérito policial são dotados de extrema gravidade, posto que vários foram as naturezas e as quantidades de drogas apreendidas. Ressaltou que o custodiado já responde a outro processo pelo crime de tráfico de drogas.

Para ele, a periculosidade do decorrente da circunstância evidencia alta probabilidade de que o custodiado continue praticando crimes relacionados ao tráfico de drogas. Sobre o estado de saúde do custodiado, o juiz entendeu que ele não é suficiente para ensejar a colocação dele em liberdade, sobretudo considerando tudo o que já foi pontuado nos autos.

Ainda na sessão, foi determinado que o processo siga em segredo de justiça, haja vista as patologias informadas pelo custodiado. “Em face as alegadas patologias de Wigor Oliveira Lima, portador de HIV, Câncer e Depressão, ordeno que expeça ofício ao diretor da unidade prisional que submeta o custodiado a exame médico para diagnóstico, previamente, ao ingresso no estabelecimento prisional”, finalizou.

No dia da prisão do ex-ator do filme Dois Filhos de Francisco, a polícia apreendeu uma grande quantidade de drogas. Entre os materiais estavam três frascos de lança perfume, 128 comprimidos de ecstasy, sacos plásticos para embalagem, cogumelos, entre outros entorpecentes.

Em caso de condenação pelo crime, o custodiado poderá pegar pena superior a quatro anos de prisão.