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Nova data foi definida para 2 de maio; suposto mandante do crime, Maurício Sampaio, teria chegado ao julgamento na companhia de novo advogado

Foi adiado o julgamento dos cinco acusados de matar o radialista esportivo Valério Luiz, que estava marcado para a manhã desta segunda-feira, 14. O motivo do adiamento foi a troca de advogado de defesa de um dos acusados, Maurício Borges Sampaio. Agora, o júri está agendado para acontecer no dia 2 de maio.

“Ocorre que o defensor do réu Maurício Borges Sampaio protocolizou pedido de renúncia no dia 11, sexta-feira. Em razão dessa situação (que foi até uma surpresa pra todos nós), processualmente eu abri um prazo de dez dias pra que o réu constitua um novo defensor e já redesignei a nova data”, esclareceu o juiz Lourival Machado da Costa, responsável por presidir o julgamento.

A princípio, o júri deveria ocorrer a partir das oito e meia da manhã desta segunda, na 4ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia. Além de Maurício Borges Sampaio, acusado de ser o mandante do crime, também serão julgados os réus Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, Djalma Gomes da Silva, Urbano de Carvalho Malta e Marcus Vinícius Pereira Xavier, todos acusados de homicídio duplamente qualificado – por motivo fútil e sem chance de defesa para a vítima.

Relembre o caso

Valério Luiz foi morto a tiros, em Goiânia, quando saia da rádio em que trabalhava e foi baleado por um motociclista no local. Desde então, esse é o terceiro adiamento ao longo de quase dez anos desde o crime, ocorrido em 5 de julho e 2012. Cerca de sete meses após o crime, em 26 de fevereiro de 2013, a Polícia Civil indiciou os cinco acusados pelo homicídio e um mês depois o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) fez uma denúncia aos cinco pelo mesmo crime.

Ainda em maio do mesmo ano, tiveram início as audiências de instrução do processo, no Tribunal de Justiça de Goiás. Foi decidido que os cinco acusados iriam a júri popular, o que levou a recursos por parte das defesas. A decisão de primeira instância, no entanto, foi mantida por colegiado, em 2015, e, novamente, em 2018.

Apesar do andamento, o caso acabou não sendo julgado na primeira tentativa. Na ocasião, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara emitiu um despacho alegando que não havia estrutura para realizar o júri compatível com o tamanho do caso, em abril de 2019. Ao fim do ano, então, o magistrado decidiu não presidir mais o júri. Foi nesse momento em que o comando do caso passou para o juiz Lourival Machado da Costa, que agendou uma nova data de julgamento para 23 de junho de 2020. Em razão da pandemia da Covid-19, no entanto, um novo adiamento precisou ser realizado, para esta segunda-feira.