A brasileira Juliana Marins, que morreu após cair em um vulcão durante uma trilha na Indonésia, morreu em razão de múltiplos traumas provocados por uma queda de altura. A causa da morte foi uma hemorragia interna em razão de lesões poliviscerais e politraumatismo compatíveis com impacto de alta energia cinética.

Segundo o exame, Juliana teria sobrevivido por no máximo 15 minutos. A autópsia não conseguiu determinar a hora exata da morte da jovem. De acordo com os peritos, ela pode ter sofrido psíquica e fisicamente por um período “agonal” antes da sua morte. A jovem também pode ter vivenciado “intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico”.

O exame foi feito por peritos legistas, acompanhados de um perito da Polícia Federal e um técnico que representou a família. A família alegou “dúvidas na certidão de óbito” emitida na Indonésia para pedir a nova perícia.

De acordo com a autópsia realizada na Indonésia, Juliana sofreu um “trauma torácico grave” após cair pela segunda vez na encosta do monte Rinjani. . Membros superiores, inferiores e costas da brasileira foram áreas mais machucadas e ela teve órgãos internos respiratórios comprometidos por fraturas causadas pelo impacto da queda, na análise estrangeira.

Quem era Juliana Marins

Natural de Niterói (RJ), Juliana Marins era formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalhava como dançarina. Aos 37 anos, ela realizava um mochilão pela Ásia, compartilhando momentos da viagem nas redes sociais desde fevereiro deste ano.

Antes de chegar à Indonésia, Juliana já havia visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia. No país, ela contratou uma empresa local de turismo para fazer a trilha até o Monte Rinjani, um vulcão ativo localizado na ilha de Lombok. Durante o percurso, no último sábado, 21, sofreu uma queda que a lançou a cerca de 300 metros da trilha original.

Juliana foi localizada inicialmente com vida por turistas estrangeiros com o auxílio de um drone. As imagens feitas por eles foram divulgadas nas redes sociais e ajudaram a família da brasileira a acompanhar os desdobramentos do resgate à distância.