Na visão do parlamentar, diminuindo do Congresso, de todos os tribunais do País, das Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, “daria para pagar todo que precisam”

José Nelto | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O deputado federal José Nelto (Podemos) publicou em suas redes sociais, na manhã desta quarta-feira, 10, um texto onde diz ser contra o corte de salários dos servidores para manutenção do auxílio emergencial disponibilizado em função da disseminação do coronavírus (Covid-19) no Brasil.

Para o parlamentar, melhor seria se o Congresso Nacional votasse uma PEC diminuindo 30% dos duodécimos do Congresso, de todos os tribunais do País, das Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores. “Daria para pagar todo que precisam”, disse no post.

Ao Jornal Opção, Nelto explicou que a classe política brasileira, o poder Judiciário, os tribunais, nesse momento de dificuldade, não mostram e não tem nenhum desprendimento de abrir mão de um pouco dos seus rendimentos para salvar vidas e ajudar os menos favorecidos no País.

“O Brasil dá um péssimo exemplo para todos os outros países. Aqui as autoridades só pensam em si e pouco no povo. Enquanto isso, em outros países a classe política é a primeira, juntamente com o judiciário e demais poderes, em abrir mão de parte de seus salários para contribuir com a nação”, argumentou o parlamentar

Por fim, Nelto considerou que, no Brasil, “o egoísmo, a falta de compreensão e sentimento das autoridades é algo jamais visto na história, em um momento que pode ser considerado uma guerra contra a pandemia causada pelo coronavírus”.

Corte nos três Poderes

A proposta de corte que atingisse também o Executivo e o Judiciário partiu do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) para rebater a declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que afirmou aceitar manter os R$ 600 mensais, desde que deputados e senadores reduzissem os próprios salários para ajudar a financiar o programa.

“Se todos os poderes topassem cortar um valor, que seja por 6 meses, 10%, ou um percentual maior por menos tempo para garantir os R$ 600, eu tenho certeza que o parlamento vai participar e vai defender. Não tem nenhum problema”, disse Maia.