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Presidente da Agetop comentou pedido de promotor para que cores do Centro de Excelência sejam trocadas

| Foto: Amanda Damasceno/ Jornal Opção
Presidente da Agetop explicou que cores escolhidas dão sensação de estádio lotado na televisão | Foto: Amanda Damasceno/ Jornal Opção

O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, negou, em entrevista, que o Estádio Olímpico tenha sido pintado de azul e amarelo em alusão às cores do PSDB, partido do qual ele e o governador Marconi Perillo fazem parte. A declaração foi feita porque, na última sexta-feira (5/8), o juiz Ricardo Prata determinou a suspensão da inauguração do estádio até que fosse realizada uma nova pintura. Apesar da decisão, o governo ainda não foi notificado e, por isso, a abertura foi mantida para esta segunda-feira (8).

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Segundo Jayme, a ideia da combinação de cores foi pensada para dar sensação de estádio cheio em imagens televisivas, seguindo um modelo criado na Copa do Mundo de 2010. “O modelo foi adotado pela primeira vez em 2010, na Copa da África do Sul, é o que existe de mais moderno, primeiro porque quem vem ao estádio tem uma sensação mais agradável e segundo porque aquela variedade de cores permite a sensação de que o estádio está todo lotado na televisão”, afirmou.

Rincón também garantiu que o governo não interferiu na pintura do estádio, pensada do ponto de vista técnico: “Não temos cores do PSDB, temos mais de nove cores. Esse projeto foi feito pelo arquiteto, não houve interferência do governo, ele adotou as cores do Maracanã, são vários tons de azul”, pontuou ele.

Além de negar qualquer intenção subliminar, Jayme criticou o que chamou de “tentativa equivocada de politização”. “Tentar politizar um projeto desse tamanho é no mínimo um equívoco, ou inoportuno”, disse. “Repito, não tem cores do PSDB, governos e partidos passam”.

Ainda sobre a questão, o presidente afirmou que a intenção do governo é recorrer, mesmo porque, na sua opinião, seria um desperdício de dinheiro: “Temos que utilizar o recurso para concluir as obras que ainda faltam”. “Não vejo o menor cabimento ao questionamento. Se houver tal decisão judicial, será cumprida, mas com muito pesar”, concluiu.

“Centro de Excelência do Esporte”

Durante a entrevista, Jayme Rincón também ressaltou a importância da obra para o Estado de Goiás. Para ele, falta estrutura para que os atletas brasileiros possam treinar, um problema que o Estádio pode ajudar a resolver. “Não tenho dúvidas que, a partir de agora, Goiás irá se transformar em um centro de treinamento de atletas”, disse.

“Temos visto o fraco desempenho dos atletas brasileiros na Olímpiada do Rio de Janeiro e isso é fruto da falta de apoio, mas principalmente da falta de espaço adequado para que esses atletas possam treinar e se formar”, opinou. “Com esse espaço, daremos condições para esses atletas. Temos alojamentos para 125 atletas, laboratório completo, academia, salas de áudio, refeitório e auditório”, ressaltou.

De acordo com ele, a nova estrutura vai inserir Goiás no cenário do esporte e dar chance aos atletas goianos para disputar medalhas em grandes competições. “Nossos atletas tem o mesmo padrão dos suecos, húngaros, alemães e americanos, que estão ganhando as medalhas. Não estamos fazendo bonito porque não temos condições de treinar e formar esses atletas”.