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O presidente Jair Bolsonaro, do PL, e o ex-presidente Lula da Silva, do PT, debateram na sexta-feira, 28, na tela da TV Globo. Ambos se acusaram de “pinóquios” — o que, de alguma forma, são. Com o primeiro na liderança. Discutiram muito pouco o país e nada sobre a crise econômica global que está chegando, e com força total, de acordo com o economista Nouriel Roubini, o Dr. Apocalipse (porque acerta sempre a respeito das crises, como a de 2008).

Porém, o mais importante não foi dito no debate, e sim após o seu término. Entrevistado por Renata lo Prete, âncora do “Jornal da Globo”, Bolsonaro disse que vai respeitar o resultado das urnas. Ele sublinhou que, se ganhar, Lula da Silva assumirá a Presidência da República, em 1º de janeiro de 2023.

“Não há a menor dúvida, quem tiver mais voto leva. É isso que é democracia”, disse Bolsonaro, de repente, entusiasmado pela democracia, mesmo que ela possa derrotá-lo.

A falta de entusiasmo de Bolsonaro por uma saída não constitucional prova que as Forças Armadas não aceitaram e não aceitam convite para um golpe de Estado.