Israel bombardeou a única igreja católica da Faixa de Gaza nesta quinta-feira, 17, matando ao menos três pessoas e ferindo outras nove. A informação foi confirmada pelo Patriarcado Latino de Jerusalém, responsável pela Igreja da Sagrada Família em Gaza.

O Vaticano afirmou que a igreja foi “atingida diretamente” por um tanque de guerra, e o Patriarcado acusou o Exército de Israel pelo ataque. O papa Leão XIV lamentou o “ataque militar” e pediu um cessar-fogo imediato em Gaza. Israel negou o bombardeio.

Entre os feridos está o padre Gabriel Romanelli, pároco argentino da igreja. Ele mantinha contato regular com o papa Francisco, que morreu em abril de 2025, sobre o conflito.

O ataque danificou a estrutura da igreja localizada na cidade de Gaza. As autoridades israelenses não esclareceram as razões específicas para o ataque.

Em nota, o governo de Israel afirmou estar “ciente dos relatos sobre danos causados à Igreja da Sagrada Família na Cidade de Gaza e vítimas no local. As circunstâncias do incidente estão sob revisão”. O comunicado acrescentou que “as FDI fazem todo esforço possível para mitigar danos a civis e estruturas civis, incluindo locais religiosos, e lamentam qualquer dano causado a eles”.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, responsabilizou Israel pelo ataque. “Os ataques contra a população civil que Israel tem realizado por meses são inaceitáveis. Nenhuma ação militar pode justificar tal atitude”, afirmou.

Leia também

Israel bombardeia quartel-general da Síria em mais nova escalada do Oriente Médio