O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) prorrogou até 10 de janeiro de 2026 a suspensão temporária da entrada de aves silvestres no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Goiânia (Cetas/GO).

A medida foi adotada como estratégia de prevenção sanitária diante de casos de bouba aviária registrados na unidade. De acordo com o Ibama, embora a mortalidade seja considerada baixa e o tratamento dos animais tenha apresentado bons resultados, a avaliação técnica apontou a necessidade de ampliar o período de fechamento para evitar a circulação do vírus entre as aves acolhidas.

Em entrevista ao Jornal Opção, a chefe do Cetas/GO, Nara Ballaminut, explicou que a unidade segue realizando o manejo sanitário adequado e que os animais vêm respondendo bem ao tratamento.

“A gente está fazendo o tratamento adequado, com vacinação. Eles estão respondendo bem, mas ainda não pôde reabrir. Foi necessário ampliar o tempo de fechamento porque depende do tempo da vacinação: a primeira dose, depois a segunda dose”, afirmou. Segundo ela, como não existe vacina específica para animais silvestres, foi utilizada uma vacina comercial.

“A gente aplicou a vacina comercial e está observando a resposta. Como eles são silvestres e nunca tiveram contato com o vírus, a doença acaba ficando um pouco mais agressiva, mas com a vacina ela fica menos agressiva, e a gente está conseguindo conduzir o fechamento e o cuidado com os animais com tranquilidade”, explicou.

A suspensão, no entanto, não se aplica a mamíferos e répteis silvestres, que continuam sendo recebidos normalmente pelo Cetas de Goiânia, 24 horas por dia, estejam feridos, saudáveis, resgatados, entregues voluntariamente ou apreendidos.

Durante o período de fechamento para aves, a orientação à população é buscar outras unidades habilitadas. “A gente indica levar para os Cetas de Caldas Novas, Catalão e também para os Cetas do Distrito Federal”, orientou Nara Ballaminut.

Questionada sobre a possibilidade de reabertura antes do prazo estabelecido, a chefe do Cetas afirmou: “A gente tem que manter por uma questão de segurança. A suspensão precisa ser mantida até o dia 10 de janeiro. Só nessa data é que vamos reavaliar para saber se abre ou não”, disse.

Animais silvestres resgatados ou apreendidos devem ser encaminhados aos centros oficialmente designados, conforme os protocolos vigentes do Ibama.

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