Hugo Motta defende aumento da mistura de etanol na gasolina de 30% para 35%
20 outubro 2025 às 19h22

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu nesta segunda-feira, 20, o aumento do percentual de etanol misturado à gasolina, passando dos atuais 30% para 35%. Durante a 25ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada em São Paulo, Motta afirmou que a mudança fortaleceria a cadeia produtiva de biocombustíveis no país.
“Hoje nós já temos 30% da mistura da gasolina com etanol e vamos lutar para avançar aos 35%, o que, sem dúvida alguma, fortalecerá ainda mais a indústria de biocombustíveis do nosso país”, disse.
O parlamentar também afirmou que a Câmara deve apreciar, nas próximas semanas, os vetos presidenciais à Nova Lei de Licenciamento Ambiental, matéria de interesse direto do setor sucroenergético.
No início do ano, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou o aumento do percentual obrigatório de etanol na gasolina, de 27% para 30%, e da mistura de biodiesel no diesel, de 14% para 15%. Segundo Motta, o novo patamar de 35% seria um passo natural dentro da política de transição energética e sustentabilidade adotada pelo Congresso.
Tarcísio defende soberania sobre o etanol
No mesmo evento, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou qualquer possibilidade de o etanol ser usado como “moeda de troca” em negociações comerciais com os Estados Unidos. O debate ganhou força após o presidente norte-americano Donald Trump reclamar das tarifas impostas pelo Brasil ao biocombustível americano.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) divulgou nota reforçando que o etanol é um ativo estratégico nacional e deve ser tratado como instrumento de soberania. A entidade também negou a existência de negociações para reduzir a tarifa de 18% sobre a importação do produto norte-americano.
Em fevereiro, o governo dos EUA incluiu o etanol brasileiro no chamado “Plano Justo e Recíproco”, documento que justificou a adoção de novas tarifas comerciais.
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