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Para o presidente da Ahpaceg, que representa 21 hospitais, a proposta demonstra total desconhecimento do funcionamento de uma unidade hospitalar

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A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) – que representa 21 hospitais de alta complexidade de todo o Estado – não gostou nada do projeto de lei do vereador Zander Fábio (Patriotas), apresentado nesta quinta-feira (14/6). O PL, que estipula o prazo máximo de espera de 30 minutos para atendimento em hospitais particulares de Goiânia, demonstra total desconhecimento do funcionamento de uma unidade hospitalar, de acordo com o presidente da entidade, Haikal Helou.

Haikal recebeu a notícia com indignação e disse que o prazo de atendimento nos hospitais é definido de acordo com a demanda, principalmente, do quadro do paciente. Em casos de urgência e emergência, esse tempo de espera deve ser o menor possível ou zero.

“Um paciente grave deve ser atendido imediatamente, inclusive passando na frente de outros com um quadro mais simples e que já aguardavam atendimento”, afirma o presidente, ressaltando que os pacientes que buscam assistência eletiva serão atendidos de acordo com esse fluxo de funcionamento do hospital, o que, em alguns casos, pode gerar esperas superiores a 30 minutos.

Nos consultórios de atendimento eletivo, Haikal Helou explica que os médicos devem adequar suas agendas para que o paciente tenha atendimento na hora marcada, mas o cumprimento deste horário também pode ser comprometido pela necessidade urgente da presença do médico em outra ala do hospital.

Em nota, a Ahpaceg disse, ainda que esse é mais um projeto que afeta diretamente o setor hospitalar privado, responsável pela assistência particular, via convênios ou por credenciamento pelo Sistema Único de Saúde a cerca de 80% da população.

“A Ahpaceg está aberta ao diálogo com a Câmara Municipal e com todos os parlamentares interessados na apresentação de projetos na área da saúde para que juntos possamos elaborar propostas que beneficiem a população e não projetos absurdos que comparam um hospital a outros segmentos, como bancos, como se nossa demanda e nossos serviços fossem os mesmos”, disse o presidente da associação.