“Hoje não se sabe mais o que se arrecada na Semas”, afirma vereador
29 junho 2019 às 09h45

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Após ouvir ex-secretária Márcia Carvalho, Anselmo Pereira afirma foi dado atestado que prefeitura não tem capacidade de gerir aquilo que inventa
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Após oitiva da ex-secretária Márcia Carvalho, na Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Semas, a Secretaria de Assistência Social de Goiânia, o relator da comissão, Anselmo Pereira (PSDB) disse que ele e os demais parlamentares ficaram assustados. “Hoje não se sabe mais o que se arrecada na Semas”, afirmou.
Segundo ele, os cemitérios estão vilipendiados e Casa da Acolhida Cidadã (CAC) um verdadeiro adultério público e criminoso. “Pegou fogo, matou, assassinou. Já o restaurante popular virou um local de assombro. Onde está o gestor dessa cidade?”, indagou para completar em seguida.
“É isso que a Câmara vai dizer a essa cidade. O social em Goiânia é relegado a décimo plano e que morram os pobres miseráveis dessa cidade”, esbravejou.
Comentários
Segundo Anselmo, Márcia trouxe um relato assombroso do que era a Semas antes de 2017. “O dinheiro público parece que não tinha nenhum valor. Era um verdadeiro festival de loucuras administrativas”.
Anselmo afirmou que ela deixou um atestado de que a prefeitura (e não só a ela, mas outros órgãos) não tem capacidade nenhuma de gerir aquilo que inventa. “E ela inventou o Restaurante Popular… Um milhão de benefícios de máquinas e equipamentos parados, um processo de locação dos mais perversos do mundo, onde comendo ou não, tinha que pagar duas mil refeições… É por isso que o social não vai pra frente”.
Além disso, ele comentou que foi recebido da ex-secretária um atestado claro que os cemitérios de Goiânia não têm nenhuma condição de funcionar. “Tiraram de lá o fundo, que se arrecadava para aplicar no cemitério e serviços sociais e levaram direto para o tesouro”.

Casa da Acolhida Cidadã
Em outro momento, Anselmo lembrou que esteve na Casa da Acolhida e que, da porta para dentro, “é o inferno. Como alguém dessa gestão tem coragem de renovar um contrato de R$ 768 mil por um lugar daquele, em plena vigência da CEI? Algo está errado. Todos na complacência”.
Inclusive, o vereador afirmou que se alguém for lá, neste momento, será assediado por três ou quatro agentes funerários, “que nem de Goiânia são, para fraudar o DPVAT da viúva ou do viúvo, para fraudar o serviço funerário… Inclusive o sistema funerário que essa casa demorou dez anos para consertar. E está lá, agora, na porta, fazendo todo tipo de falcatrua”.
Por fim, ele disse que Goiânia é uma cidade irresponsável e que, ao fim da CEI, serão punidos aqueles que “meteram a mão no dinheiro público, que malversou a administração e chamar atenção de quem está no poder para criar vergonha na cara e administrar bem”.
O Jornal Opção tenta contato com a assessoria da Semas para um posicionamento sobre as afirmativas do vereador Anselmo, após oitiva com a ex-secretária Márcia Carvalho. Essa matéria poderá ser atualizada.