O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi – HGG realiza, no dia 16 de novembro, a 4ª edição da corrida Colorindo a Vida Sem Diabetes, um evento que celebra a vida e reforça a importância da atividade física na prevenção e no controle da diabetes. A prova terá percursos de 5 e 10 quilômetros, com aclives e declives, pelas ruas do Setor Oeste. A largada está marcada para às 6h30, em frente ao Centro Estadual de Atenção ao Diabetes – CEAD, prédio anexo ao HGG, em Goiânia.

A corrida tem caráter esportivo – social, sendo voltada ao público praticante de caminhada e corrida de rua em geral. Deverão participar, ainda, profissionais de saúde, e pacientes, em um momento de incentivo a hábitos saudáveis. A expectativa é reunir aproximadamente mil atletas na edição de 2025. As inscrições já estão abertas e seguem até o dia 10 de novembro ou até que se esgotem as vagas, pelo site www.hanker.com.br/colorindoavida/ .

A prova terá duração máxima de 2h30 e a idade mínima exigida para participação é de 14 anos completos. Os kits serão entregues no sábado (15/11), das 8h às 18h, no Cead. É obrigatório levar o comprovante de inscrição e documento original ou cópia (para terceiros) com foto.

O evento integra a programação alusiva ao Dia Mundial do Diabetes, comemorado em 14 de novembro, reforçando o compromisso em conscientizar a população sobre a doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

O médico Nelson Rassi, chefe do Serviço de Endocrinologia do Centro Estadual de Atenção ao Diabetes (Cead/HGG), reforçou que o diabetes tipo 2 é uma doença multifatorial, resultante da combinação de fatores genéticos e hábitos de vida.

“O diabetes tipo 2, na verdade, é multifatorial. Vale a pena destacar dois fatores principais: a genética e os hábitos de vida. É uma doença de caráter genético, e o indivíduo, normalmente, vai possuir uma história familiar de diabetes”, explicou.

Segundo Rassi, o histórico familiar é um indicativo importante, mesmo quando o paciente desconhece casos anteriores na família.

“O fato de a pessoa negar ou desconhecer não invalida o fator genético, pois é uma doença silenciosa. No passado, as pessoas procuravam menos o médico, e é possível que o pai ou o avô tenham falecido pela doença sem saber que estavam doentes”, destacou.

Além da herança genética, o estilo de vida é determinante. Alimentação inadequada e falta de atividade física aumentam o risco de desenvolver a doença, especialmente em pessoas com predisposição genética.

“Os outros 50% vêm dos nossos hábitos. Pouca atividade e erros na alimentação, seja por excesso ou por escolhas erradas, levam ao ganho de peso. Em uma pessoa geneticamente predisposta, quanto mais forte algum desses fatores, mais cedo e mais intensamente o diabetes vai aparecer”, afirmou o endocrinologista.

Rassi explicou ainda que o diabetes tipo 2 é poligênico, ou seja, determinado por diversos genes.

“Sabemos hoje que existem, no nosso mapa genético, pelo menos 50 genes que determinam o diabetes. Uns têm maior influência, outros menor. Quanto mais genes relacionados, maior a predisposição”, detalhou.

Para avaliar o risco de desenvolver a doença, Rassi cita ferramentas criadas por entidades médicas.

“A Sociedade Brasileira de Diabetes tem um aplicativo em que você coloca informações como peso, histórico familiar e hábitos de vida. O sistema gera uma pontuação que indica a probabilidade de desenvolver a doença. Quem ultrapassa 30 ou 40 pontos tem um risco maior”, explicou.

O médico também alerta que o peso ao nascer pode indicar maior vulnerabilidade.

“Nascer com mais de 3,5 quilos é considerado um fator de aumento de risco para o diabetes tipo 2”, pontuou.

Rassi reforça que o conhecimento e a prevenção são as melhores estratégias: manter o peso adequado, ter uma alimentação equilibrada e praticar atividade física regularmente podem adiar — e até evitar — o aparecimento da doença.

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