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O Parlamento da Grécia aprovou uma reforma que permite jornadas de trabalho de até 13 horas em situações excepcionais, apesar de protestos de sindicatos e partidos de oposição. O projeto, proposto pelo governo conservador, gerou intenso debate nos últimos dois dias.

Sindicatos realizaram duas greves gerais neste mês, a mais recente na terça-feira, 14, em protesto contra a medida que consideram “digna da Idade Média”, segundo o partido de esquerda Syriza. A legenda se absteve da votação, e seu porta-voz, Christos Giannoulis, classificou a proposta como “monstruosidade legislativa”.

O governo afirma que a extensão da jornada é opcional, limitada ao setor privado e só poderá ser aplicada por até 37 dias ao ano. Entretanto, sindicatos e oposição alertam que trabalhadores que recusarem o aumento de carga horária podem ser demitidos.

A medida permite jornadas mais longas para um único empregador, já que profissionais com múltiplos empregos já tinham permissão para horas extras. Dados da Eurostat indicam que os gregos trabalham em média 39,8 horas semanais, acima da média da União Europeia, que é de 35,8 horas.

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