O Governo de Goiás lança, nesta terça-feira, 30, a Operação Goiás Alerta e Solidário 2025/2026, no Quartel do Comando-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), em Goiânia. A iniciativa tem como objetivo prevenir desastres provocados por chuvas intensas e estiagens, integrando diferentes secretarias estaduais para proteger a população de municípios considerados de alto risco.

O evento contará com a presença da primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado, além de autoridades estaduais e representantes dos órgãos participantes.

Segundo o comandante-geral do CBMGO, coronel Washington Luiz Vaz Júnior, a corporação trabalha com um prognóstico climático que aponta chuvas acima da média em até 157 municípios goianos no início de 2026. Em janeiro, 54 cidades já exigem atenção especial.

Coronel Washington Luiz. | Foto: Divulgação

“Temos 11 municípios estratégicos, onde as chuvas são mais intensas e provocam alagamentos e riscos à população. Cidades como Alto Paraíso e Cavalcante, por exemplo, sofrem tanto com estiagens prolongadas quanto com chuvas muito fortes e pontuais”, explicou o coronel ao Jornal Opção.

A operação contará com R$ 22 milhões em investimentos via Fundo Protege, destinados à aquisição de caminhões Auto Bomba Tanque Florestal, drones, equipamentos de proteção individual, respiradores e antenas Starlink móveis. Além disso, serão distribuídos colchões, filtros de barro, fraldas, cadeiras higiênicas e cestas básicas para famílias em áreas de risco.

De acordo com o coronel Washington Luiz, os recursos são suficientes para atender as demandas previstas. “O custo médio da operação gira em torno desse valor. Como é preventiva, ela deixa várias benfeitorias, como construção e recuperação de pontes, manutenção de rodovias e melhorias em galerias pluviais. Em 2022, quando não havia operação preventiva, o Estado gastou quase R$ 100 milhões em ações emergenciais. Hoje conseguimos reduzir esse custo para R$ 22 milhões, com mais planejamento e menos improviso”, disse.

O comandante destacou que a missão da corporação envolve tanto a fase preventiva quanto a resposta direta aos desastres. “O Corpo de Bombeiros atua levando alimentos, colchões e filtros de água antes das chuvas. Durante a operação, quando há riscos maiores, entramos com logística pesada: caminhões, aviões e embarcações para resgatar pessoas e transportar equipamentos. Nosso papel é proteger vidas e reduzir perdas”, disse.

A operação será coordenada pelo Gabinete de Políticas Sociais da primeira-dama, que articula a integração entre as secretarias estaduais. A Defesa Civil ficará responsável pelo mapeamento das áreas de risco e pela emissão de alertas.

O coronel Washington Luiz também reforçou a importância da colaboração da população. “Muitas vezes, as pessoas resistem em atender aos alertas, mas é essencial confiar nas orientações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Quando avisamos que uma área precisa ser evacuada, é para salvar vidas. Nossa operação é preventiva, mas só funciona com a adesão da comunidade”, afirmou.

Com chuvas intensas já registradas em Goiânia neste mês, que provocaram pontos de alagamento e duas mortes, o lançamento da operação ocorre em clima de alerta. “Estar alerta é estar preparado, prever e agir antes que o problema se agrave”, concluiu.

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