Governo apresenta balanço da segurança pública com redução de crimes pelo 6º ano consecutivo

30 janeiro 2025 às 19h25

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), apresentou, na tarde desta quinta-feira, 30, o balanço dos indicadores de Segurança Pública em solenidade no Palácio das Esmeraldas. Entre os destaques está a redução da taxa de homicídios dolosos em 55%, no comparativo entre 2018 e 2024. “É uma somatória de ações que iniciaram em 2019 como a integração das forças policiais, o aprimoramento dos batalhões operacionais e a formação de um número substantivo na área da inteligência”, disse o governador em coletiva à imprensa.
O vice-governador Daniel Vilela citou o período anterior a 2019, segundo ele, tomado por “completa insegurança” por consequência da falta de liderança e exemplo no Estado. “A resposta daqueles que governavam naquela época era de que havia única e exclusivamente um sentimento de insegurança, mas nunca registravam o que estava acontecendo de fato, que era a falta de apoio e a ineficiência daqueles que determinavam as políticas públicas”, apontou.

O secretário de Segurança Pública, Renato Brum, vinculou o avanço constante ao respaldo da gestão desde o primeiro ano de mandato. “O governador nos dá as diretrizes, as especializações, a valorização policial”, disse.

Crime | Variação 2023-2024 | Variação 2018-2024 |
---|---|---|
Estupro | -6% | -10% |
Homicídio Tentado | -2% | -21% |
Roubo a Transeunte | -29% | -88% |
Roubo de Veículos | -27% | -93% |
Roubo em Comércio | -30% | -87% |
Roubo em Residência | -17% | -79% |
Roubo de Carga | -68% | -97% |
Furto de Veículos | -21% | -68% |
Furto em Comércio | -16% | -87% |
Furto em Residência | -18% | -79% |
Furto a Transeunte | -25% | -88% |
Homicídio Doloso | -12% | -55% |
Latrocínio | -84%- | -84% |
Lesão Seguida de Morte | -52% | -52% |
Roubo a Instituição Financeira | -100% | -100% |
Queda pelo 6º ano seguido
Em relação a 2023, os números dos indicadores criminais de 2024 também apresentaram queda. As principais reduções ocorreram no homicídio doloso (12%, de 1.072 para 945 registros), roubo de carga (68% – sendo 41 em 2023 e 13 em 2024); roubo de comércio (30% – foram 647 em 2023 e 452 em 2024); e estupro, no qual a redução foi de 6%. Neste último foram 763 casos em 2023 contra 716 registros em 2024.
De acordo com o documento, a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) realizou mais de 1,7 milhão de abordagens a pessoas e 1,2 milhões a veículos no ano de 2024. Além disso, a PM recapturou 7,5 mil foragidos e cumpriu 5.8 mil mandados de prisão. Na apreensão de materiais ilícitos, foram confiscadas 3,5
Além disso, a Polícia Militar recapturou 7.587 foragidos e cumpriu 5.831 mandados de prisão. No âmbito da apreensão de materiais ilícitos, foram confiscadas 3.561 armas de fogo e 23 toneladas de drogas. Em 2024, a Polícia Militar desarticulou 95 quadrilhas e cadastrou 127.279 propriedades rurais, representando 90% do total. Em 2024, a PM desarticulou 95 quadrilhas.
Comandante-geral da PM, Marcelo Granja destacou que o trabalho da PM é na prevenção de crimes e que o aumento do número de abordagem é fundamental para a captura de foragidos e a apreensão de armas e drogas. “Nós retiramos cerca de 10 armas por dias, são armas que seriam utilizadas para o cometimento de vários crimes. Além disso, capturamos e tiramos das ruas cerca de 21 foragidos por dia”, pontuou.

Para o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás (PCGO), André Gustavo Corteze Ganga, destacou o índice de resolutividade de homicídios apresentado pelo Instituto Sou da Paz. “O instituto fez uma equalização desses dados e mostrou que o índice de resolutividade de homicídios em Goiás é de mais de 86%, enquanto a média no País é de 39%, sem falar na redução de sequestros e bloqueio de bens das organizações criminosas com mais de R$ 20 bilhões”, afirmou.

Ganga lembrou ainda da criação da primeira Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) como uma das medidas para o combate à violência doméstica. “Somente nas DEAM tivemos mais de 15,2 mil inquéritos concluídas com autoria definidas e mais de 60 mil autos de prisão e apreensão em flagrante. Vale destacar também o trabalho de acompanhamento de medidas protetivas e ações educativas”, disse.
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