Nesta semana, o presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antônio Chavaglia, afirmou ao Jornal Opção que “na prática, o Plano Safra não existe”, devido à dificuldade de acesso dos produtores aos recursos federais.

O presidente da GoiásFomento, Rivael Aguiar Pereira, explicou que, também em entrevista ao Jornal Opção, embora o governo estadual não atue diretamente com recursos do Plano Safra, principal política federal de crédito rural, existem linhas específicas voltadas para produtores goianos, especialmente os de pequeno e médio porte.

“Em relação ao Plano Safra, eu não tenho o que dizer porque a gente não trabalha com o plano safra”, afirmou Rivael. “Mas a GoiásFomento tem linhas de crédito para o setor rural. Nós temos basicamente duas linhas de crédito que atendem o setor, que são o FCO Rural e o Produtor Empreendedor.”

À reportagem, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa) confirmou que produtores têm relatado que estes recursos do Plano Safra estão inacessíveis.

“Especialmente pra agricultura empresarial e médios produtores para custeio e investimento na produção do agrícola 25/26. Outro fator impeditivo são as altas taxas que vem sendo praticadas”, explicou.

Segundo Rivael, o FCO Rural é uma linha de crédito que também é oferecida pelo Banco do Brasil e por cooperativas de crédito, mas que, através da GoiásFomento, pode chegar a R$ 1,5 milhão por produtor. “É uma linha muito boa, com taxa de juros mais baixa que a Selic. Atualmente, a taxa gira em torno de 8,5% a 9,8% ao ano, variando conforme a inflação”, explicou.

Já o Programa Produtor Empreendedor é exclusivo do governo estadual e voltado para os pequenos produtores. “Essa é uma linha com juros subsidiados pelo governo de Goiás, de até R$ 100 mil, com juros de 6% ao ano, menos da metade da Selic”, detalhou o presidente da agência.

Rivael destacou que as duas modalidades atendem de forma equilibrada o público rural. “A gente trabalha com essas duas linhas porque elas atendem bem à demanda dos produtores que mais precisam. Os grandes produtores já têm muita linha de crédito disponível nos bancos privados, então não têm tanta necessidade. Mas os pequenos e médios recorrem bastante a essas linhas”, pontuou.

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