A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou o registro de três casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado. Mais cedo, a pasta já havia anunciado o primeiro caso suspeito.

O primeiro caso envolve uma mulher de 25 anos, moradora de Itapaci, obesa e diabética, que teria consumido bebidas alcoólicas há dois dias em Guarinos. A paciente foi internada com insuficiência respiratória, que evoluiu para insuficiência renal, além de apresentar hiperhidrose metabólica. Ela foi imediatamente transferida para o Hospital de Urgências de Noroeste (HCN), em Uruaçu, onde permanece entubada em estado grave na UTI. O Governo do Estado enviou, por meio da força-tarefa com apoio do Corpo de Bombeiros, o antídoto necessário para o atendimento. A Polícia Civil investiga a origem das bebidas consumidas pela paciente e sua família.

O segundo caso envolve uma jovem de 20 anos, internada desde a noite de quinta-feira, 2, no Hospital Estadual de Formosa após ingerir Vodka. Ela apresentou visão turva, náusea e vômitos. De acordo com a equipe médica, a paciente está orientada e consciente, passou por diversos exames e segue em observação no pronto-socorro, com avaliações sistemáticas. A Polícia Civil foi acionada para ouvir a paciente e rastrear a origem da bebida.

O terceiro caso refere-se a um homem de 47 anos, obeso e hipertenso, de Padre Bernardo, internado em estado grave no Hospital Santa Maria, no Distrito Federal. Ele deu entrada na madrugada desta sexta-feira, 3, na UPA de Brazlândia, apresentando insuficiência respiratória aguda, rebaixamento do nível de consciência e pneumonia broncoaspirativa, necessitando de intubação orotraqueal e sedoanalgesia. Apesar de não conseguir informar a quantidade ou tipo de bebidas ingeridas, foram encontrados no veículo do paciente cerveja, Vodka, outros destilados e energético, adquiridos em uma localidade conhecida como Vendinha, próxima a Padre Bernardo. O CIATOX-DF orientou medidas para estabilizar o paciente, incluindo correção da acidose metabólica (pH 7,1) e tratamento do desequilíbrio hidroeletrolítico.

Segundo a SES-GO, os casos cumprem os critérios para definição de suspeita de intoxicação por metanol, conforme nota técnica do Ministério da Saúde (Brasil, 2025). Todos os pacientes permanecem internados, e a vigilância epidemiológica continuará monitorando a evolução de seus quadros.

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