Goiás recebe verba extra para combate ao Aedes aegypt
16 janeiro 2016 às 19h47

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Governo federal, por meio do Ministério da Saúde, anunciou medidas para combate ao mosquito em todo o País. Goiás e todo o Centro-Oeste receberão verba extra

A presidente Dilma Rousseff sancionou na última sexta-feira (15/1) recurso extra de mais de R$ 5 milhões para Goiás com o objetivo de intensificar as ações de vigilância, prevenção e controle da dengue, febre chikungunya e Zika. Ao todo serão R$11 milhões extras para toda a região Centro-Oeste. A liberação do recurso aconteceu no mesmo dia em que o Ministério da Saúde revelou que Goiás lidera o ranking de casos de dengue em todo o País.
Os recursos extras, irão se somar ao orçamento aprovado de R$ 1,27 bilhão destinado às ações de vigilância em saúde. A este montante do orçamento serão adicionados R$ 600 milhões destinados à Assistência Financeira Complementar da União para os Agentes de Combate às Endemias.
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Em 2015, foram registrados 20.661 casos suspeitos de febre chikungunya no país. Desse total, 7.823 casos foram confirmados e 10.420 estão em investigação. Atualmente, 84 municípios de 11 estados estão com transmissão autóctone (circulação) do vírus.
Até o dia 9 de janeiro deste ano, foram registrados 3.530 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika. Os casos suspeitos da doença em recém-nascidos são computados desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) e ocorreram em 724 municípios de 21 unidades da federação. Em Goiás, foram confirmados quatro casos.
Diagnóstico rápido
Uma das maiores dificuldades no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypt é a demora no diagnóstico. A partir de fevereiro, o Ministério da Saúde começará a distribuir as primeiras 50 mil unidades do Kit NAT Discriminatório para dengue, zika e chikungunya, que permitirão o diagnóstico simultâneo das três doenças com maior agilidade e um custo mais baixo.
“O teste que vamos distribuir vai dizer de maneira objetiva dentro de duas horas qual é a enfermidade que a pessoa está acometida. É importantíssima a informação para as gestantes”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante a apresentação do kit neste sábado (16/1), na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Prototipagem do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz-Paraná), Marco Aurélio Krieger informou que o teste no formato que foi produzido é único no mundo. “Não existe nenhum teste disponível, que faça esta avaliação discriminatória neste formato”, contou.
Os kits serão encaminhados a 18 dos 27 laboratórios centrais (Lacen) do Ministério da Saúde, localizados em cada estado do país. A previsão é que até o fim do ano sejam distribuídos 500 mil kits. “A produção dos testes vai ser distribuída continuamente para fazer o diagnóstico. A prioridade para a diferenciação diagnóstica vai ser para as gestantes”, revelou.
Segundo com Marcelo Castro, atualmente o principal problema da saúde no Brasil é a microcefalia. “O País tinha, em média, 150 casos de microcefalia por ano. De outubro para dezembro do ano passado tivemos 3.500 casos aproximadamente. Então é um caso gravíssimo de saúde pública, poucas vezes vivido na história de nosso país”, indicou.
“Qualquer das três doenças tem que ser tratada com a devida gravidade, os casos mais graves tem que ser internados, têm que ser tratados os sintomas, porque a gente não tem o remédio para tratar dengue, não temos o remédio para tratar a chikungunya, não temos o remédio para tratar a zika”, disse, acrescentando que, por isso, ele acredita que é preciso tomar todas as providências clínicas para combater os sintomas”, apontou. (Com informações assessoria Presidência da República e Agência Brasil)