Goiás é o 15º estado com menos demissões em 2015
21 janeiro 2016 às 15h12

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Dados do Ministério do Trabalho mostram que Estado apresentou saldo negativo de 24.551 postos. Melhor desempenho foi da região Centro-Oeste

O Ministério do Trabalho divulgou, nesta quinta-feira (21/1), os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que revelou números negativos sobre a quantidade de vagas no mercado de trabalho brasileiro. Em 2015, o país registrou menos 1,54 milhões de postos disponíveis em relação ao saldo final de 2014, quando foram abertos pouco mais de 398 mil cargos.
É a primeira vez desde que o órgão começou a cadastrar contratações e demissões, em 2003, que o país registra queda nos empregos. Foi o pior resultado desde 1992.
A região Centro-Oeste foi a que menos perdeu postos de trabalho em 2015, totalizando um saldo negativo de 67.008 cargos. Goiás apresentou o pior resultado dos quatro estados da região e ficou em 15º lugar no ranking dos estados que menos demitiram. Com total de 24.551 cargos a menos, foram 655.573 profissionais admitidos para 680.124 dispensados.
O pior desempenho foi o do estado de São Paulo, no qual 5.732.669 pessoas perderam seus empregos, enquanto 5.265.983 foram contratadas, totalizando um saldo de 466.686. Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco fecham a lista dos cinco estados com mais demissões no último ano.
A agropecuária foi o único setor em que o número de postos de trabalho aumentou, com a criação de 9.821 empregos. Os resultados negativos foram mais significativamente sentidos nos setores de Indústria de Transformação, que contou 608.878 demissões, da Construção Civil, com 416.959 postos a menos e a de Serviços, com 276.054 trabalhadores demitidos.
Um setor importante que registrou queda foi o de Comércio (-218.650 postos). Dezembro teve a maior redução do ano, com menos 596.208 postos. Segundo o Ministério, este mês normalmente apresenta números negativos por causa de motivos como entressafra agrícola, término do ciclo escolar, término das festas no final do ano, fatores climáticos, entre outros.
Durante a coletiva marcada para apresentar os resultados, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, admitiu que o ano foi difícil, mas se mostrou otimista. “Não é correto afirmar que 2015 destruiu as conquistas dos últimos anos. Continuamos com mercado formal elevado no país. Mesmo que os números não tenham sido positivos”, defendeu.