Eleita na última quarta-feira, 13, para o segundo ano da gestão 2024-2026, a nova presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Nádia Garcia, afirmou ao Jornal Opção que a principal meta da sua mesa diretora será garantir o envio e a aprovação do Plano Nacional de Juventude no Congresso Nacional.

O projeto tramita há duas décadas no âmbito do Conselho, mas nunca havia chegado ao Legislativo. “O Plano Nacional de Juventude fazia parte da primeira formulação de políticas públicas no Brasil para jovens, mas até agora não havia sido enviado ao Congresso. Ele já está na Casa Civil e será encaminhado em breve”, afirmou Nádia.

Segundo ela, a proposta, além de estabelecer diretrizes nacionais, “fortalece, enquanto lei, políticas públicas essenciais que precisamos neste momento no país”. Outro foco será a participação brasileira na COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará, em 2025. A dirigente ressaltou a importância de garantir que diferentes perfis de jovens estejam representados.

“Estamos nos dedicando muito para construir uma participação forte, aguerrida e plural na COP30. Queremos mostrar não só a diversidade das juventudes brasileiras, mas também nosso compromisso com o meio ambiente e com os anseios das juventudes que vivem em diferentes territórios, não só na Amazônia, mas em todo o Brasil”, destacou.

Para ampliar o diálogo com diferentes realidades sociais, Nádia cita a atuação conjunta com conselhos estaduais e municipais e a retomada da Caravana das Juventudes, que já passou por diversos estados e mobilizou mais de 10 mil jovens.

“Hoje mesmo está acontecendo uma caravana no Espírito Santo. Também participamos das conferências de biomas do Brasil e levaremos à COP a maior gama possível de informações e demandas da juventude”, explicou.

Apesar do destaque à pauta ambiental, a presidente reconhece que o maior desafio da juventude brasileira ainda é o acesso ao emprego e à educação de qualidade.

“Desde a pandemia, os jovens sofrem muito com a falta de oportunidades. As políticas públicas do governo Lula, como o Pé-de-Meia e a nova Lei de Cotas, têm ajudado, mas ainda temos uma juventude trabalhadora que muitas vezes precisa aceitar empregos sem a dignidade necessária”, pontuou.

Segundo Nádia, o Conjuve tem atuado junto ao Ministério da Educação e ao Ministério do Trabalho e Emprego para ampliar programas que combatam o desemprego e melhorem as perspectivas dos jovens no mercado. “Temos representantes desses ministérios no conselho, o que facilita a formulação conjunta de políticas públicas que cheguem a todos os cantos do Brasil”, concluiu.

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