Gestor de OS é investigado por criar plano de saúde privado com dinheiro público

21 agosto 2025 às 09h46

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A Polícia Federal (PF) apura desvios de recursos públicos na área da saúde em Goiânia, que ocorreram durante 2022 e 2023. O gestor de uma Organização Social (OS) é investigado por criar plano de saúde privado que era pago com dinheiro público. A OS, no entanto, foi contratada pelo Governo de Goiás para gerir o Hospital Estadual da Mulher (Hemu) e Hospital Estadual Maternidade N. Sra. de Lourdes (HEMNSL).
Nesta quinta-feira, 21, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e sequestrados mais de R$ cinco milhões de pessoas físicas e empresas que estão sob investigação da PF. Os mandados, expedidos pela 5ª Vara Federal, foram cumpridos em Goiânia e em Salvador, segundo a PF. A operação foi nomeada Operação PSP (Plano de Saúde Público). Ninguém foi preso.
Segundo a PF, esse gestor abriu uma empresa privada de plano de saúde usando o nome da filha dele. No entanto, os clientes que foram inseridos nesse plano eram os próprios funcionários dos hospitais públicos geridos pela organização social. Com isso, as mensalidades eram pagas com dinheiro público.
Os investigados devem responder pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e lavagem de capitais, informou a PF.
Como os nomes dos envolvidos e da OS não foram divulgados, o Jornal Opção não conseguiu localizar as defesas. O espaço continua aberto para manifestação. A reportagem também procurou a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás e aguarda retorno.
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