Gestão Caiado: “Nós pensávamos que seria difícil, mas nem tanto”, diz Alvaro Guimarães
06 julho 2019 às 12h07

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Democrata considera acusações da oposição incoerentes e injustas: “O governo só quer acertar para poder trabalhar em paz”

Ao fazer um balanço dos seis primeiros meses do governo Caiado, o deputado estadual Alvaro Guimarães não escondeu o sentimento de dificuldade enfrentado pelo chefe do Executivo e, consequentemente, os parlamentares da base na Assembleia Legislativa (Alego). Para o líder do Democratas no Parlamento, o governo passa por muitas dificuldades na busca pelo reequilíbrio.
“O governador assumiu com dívidas superiores a R$ 4 bilhões, principalmente no que tange o pagamento dos funcionários públicos de Goiás. Isso acabou bagunçando as contas do Estado. Estamos enfrentando dificuldades todos os dias, principalmente aqui na Alego onde a oposição tenta justificar o injustificável: o grande culpado por isso é o governo passado”, considera o parlamentar.
“Nós pensávamos que seria difícil, mas nem tanto. O governador tem trabalhado no sentido de resgatar o equilíbrio fiscal do Estado. Temos sofrido com isso, mas continuaremos defendendo Ronaldo Caiado pois acreditamos em seu governo”, acrescentou.
Regime
Ao comentar a autorização dada pela Alego para ingresso do Estado no Regime de Recuperação Fiscal, o parlamentar não hesitou: “Sabemos que não tem outra saída”. Para ele, “se a situação fosse fácil já teríamos resolvido”. Em seguida, o democrata voltou a disparar contra o comportamento da oposição: “As acusações são uma incoerência e uma injustiça dos deputados. O governo só quer acertar para poder trabalhar em paz”.
Desenvoltura
Na avaliação de Guimarães, a base do governo Caiado tem “dado conta do recado” na Alego. “Temos debatido muito e espero que possamos continuar assim”. Ele teme que no segundo semestre haja ainda mais desgaste caso a reforma da previdência seja colocada em pauta nos Estados e municípios, mas acredita na necessidade de se “ajustar” a questão no Estado para que a previdência possa “sobreviver”: “A nossa situação é a mesma da situação lá de cima (governo federal)”.
Liderança
O desempenho de Bruno Peixoto (MDB) – líder do governo na Alego – foi fortemente criticado na reta final do primeiro semestre do ano. Muitos chegaram a cogitar a possibilidade de Caiado apelar para a substituição de Peixoto. Caso a estimativa se concretize, a principal aposta gira em torno de um único nome: Álvaro Guimarães.
“Não fui convidado ou sondado a respeito desse assunto, mas se fosse não aceitaria”, adiantou. À reportagem ele considerou ser suficiente o papel de líder da bancada e acrescentou: “moro a 200 km de Goiânia. Estar aqui todos os dias é complicado para mim. Acho, inclusive, que o Bruno vai muito bem. É claro que existem dificuldades, mas até agora temos aprovado todos os projetos da governadoria. Então por que o líder não é bom? Penso que a partir de agosto as coisas vão se assentando”, pontuou.