Valor deve ser utilizado como forma de envio de aviões Canadair de combate a incêndios

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O grupo formado pelas sete maiores economias do mundo, mais conhecido como G7, deve liberar US$ 20 milhões, aproximadamente R$ 83 milhões, de ajuda emergencial para a Amazônia. Inicialmente o presidente da França, Emmanuel Macron, tinha dito 20 milhões de Euros (R$ 91 mi), mas a informação foi corrigida.

Este valor deve ser utilizado como forma de envio de aviões Canadair de combate a incêndios, mas o G7 também concordou em contribuir com o reflorestamento da Amazônia, por meio de uma assistência de médio prazo. Esta deve ser apresentada em Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no fim do próximo mês, porém, condicionada ao governo do Brasil atuar com organizações não-governamentais (ONGs) e população local.

O G7 é formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A decisão pela ajuda foi tomada no fim de uma sessão da cúpula dedicada ao meio ambiente. Na ocasião, foi debatida a questão da Amazônia, cuja situação foi colocada como prioridade pelo presidente francês que, no sábado, 24, pediu uma mobilização de todas as potências para atuar pelo reflorestamento e, de forma urgente, contra as queimadas.

Conflito

Mais cedo, nesta segunda, 26, Macron voltou a rebater os comentários do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele classificou as manifestações do líder brasileiro sobre sua esposa como extraordinariamente desrespeitosas, dizendo-se “triste por ele e pelos brasileiros”.

“Bolsonaro fez comentários extraordinariamente desrespeitosos sobre minha esposa. O que eu posso dizer a vocês? É triste, é triste, mas é em primeiro lugar triste para ele e para os brasileiros”, afirmou à margem da cúpula do G7 em Biarritz. Macron disse ainda que espera que os brasileiros “tenham um presidente que se comporte à altura”.

Bolsonaro, após o anúncio do G7 sobre ajuda, no dia 23, questionou as intenções do grupo, durante pronunciamento a jornalistas, enquanto saía do Palácio da Alvorada. “Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia. Será que alguém ajuda alguém – a não ser uma pessoa pobre, né? Sem retorno? Quem é que está de olho na Amazônia? O que eles querem lá?” Ele não respondeu a outros questionamentos.

Apesar da ausência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por compromissos bilaterais, Macron afirmou que conversou com o líder e que o mesmo disse apoiar a iniciativa do grupo. “Vocês não devem interpretar a ausência do presidente norte-americano… os Estados Unidos estão conosco sobre a biodiversidade e a iniciativa da Amazônia”.