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O ministro Luiz Fux divergiu na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ao votar pela absolvição de Jair Bolsonaro no caso da trama golpista.

Com isso, o placar parcial do julgamento está em 2 a 1 a favor da condenação do ex-presidente. O julgamento será retomado nesta quinta-feira, 11, com a conclusão do voto de Fux e as manifestações dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

A posição de Fux representa uma mudança em relação à interpretação que vinha adotando. Apesar de já ter feito ressalvas sobre as penas aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, até então ele acompanhava a condenação dos réus.

Fux considerou que Jair Bolsonaro não liderou nem participou de organização criminosa, decisão semelhante à tomada em relação a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, e ao almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.

Sobre os crimes de dano ao patrimônio público e a prédios tombados, decorrentes das depredações de 8 de janeiro, o ministro afirmou não haver provas de que Bolsonaro tenha ordenado os ataques.