Fred Rodrigues se mantém incoerente em relação a equipe técnica e indicações políticas

23 outubro 2024 às 13h00

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Em entrevista durante a sabatina promovida pelo jornal O Popular e rádio CBN Goiania, o candidato à prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), respondeu a uma pergunta da jornalista Fabiana Pulcineli sobre a formação de sua equipe enquanto deputado estadual. A pergunta de Pulcineli ressaltou a preocupação com a “acomodação política” em sua gestão anterior, citando nomeações questionáveis, como a sogra do presidente do PL Jovem de Goiás e um suplente de deputado que declarou não ter experiência em legislar.
Em sua resposta, Fred Rodrigues se defendeu afirmando que, como o deputado estadual mais votado da cidade, sua responsabilidade exigia uma equipe que pudesse atuar diretamente com a população. “Dentro de uma formação que é necessária num processo legislativo, onde você também tem que fazer construções com lideranças, eu precisei de pessoas atuando diretamente com a população. Todas as pessoas que estiveram na minha equipe contribuíram para que eu pudesse fazer um excelente trabalho como deputado estadual”, explicou.
Rodrigues enfatizou que os projetos que aprovou, como a Lei do Cordão de Girassol — que beneficia mães de crianças autistas — e a proposta da toca térmica para pacientes em quimioterapia, foram frutos de um trabalho focado nas necessidades da população. “Os pontos tratados ali foram sempre de leis em benefício da população”, destacou.
Entretanto, suas declarações levantam questões sobre a coerência de seu discurso. Ao afirmar que pretende montar uma equipe técnica sem indicações políticas para a gestão municipal, Fred ignora a realidade de sua própria trajetória legislativa, marcada por escolhas que envolviam favorecimentos políticos em detrimento da meritocracia.
A nomeação de indivíduos sem a formação ou a experiência necessária para funções relevantes na esfera pública contradiz sua atual proposta de uma administração pautada pela técnica e eficiência. Essa aparente incoerência entre o que defende agora e as práticas do passado gera dúvidas entre os eleitores sobre sua capacidade de implementar mudanças significativas.
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