Fiscalização e monitoramento da Secima garantem vazão maior do Rio Meia Ponte
16 agosto 2018 às 11h30

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Fiscalização e monitoramento da Secima garantem vazão maior do Rio Meia Ponte

A vazão do Rio Meia Ponte está mil litros acima da média do mesmo período do ano passado, no local onde a Saneago faz a captação da água, em Goiânia. De acordo com entrevista concedida à rádio CBN nesta quarta-feira (15/06) pelo titular da Secima, Hwaskar Fagundes, esta boa notícia se deve ao trabalho de planejamento e fiscalização. “A bacia contém muitas captações irregulares”, afirmou. “O último relatório que recebemos da equipe de fiscalização, na semana passada, informa o embargo de 20 usos. Com isso, foram devolvidos para o rio mais de 300 litros por segundo”, disse.
Segundo Hwaskar Fagundes, a escassez de água é um problema mundial. “Com cada vez menos chuva, nossa região também foi afetada, mas estamos conseguindo manter a bacia na condição ideal”, alegou. O secretário afirmou que, apesar de o abastecimento não estar sendo prejudicado, é necessário que se faça o uso racional da água. Desde o início deste ano, com a publicação do Decreto Estadual de Emergência Hídrica e da Portaria que o regulamenta, foram feitos estudos de pluviometria e medidas foram tomadas para que não houvesse corte no abastecimento da população. “Conseguimos intensificar as fiscalizações e conscientizar a população em toda a Bacia do Meia Ponte, inclusive, em ações conjuntas com o Ministério público”, disse.
Uso racional
Para o secretário, os resultados positivos do trabalho desenvolvido pela Secima em conjunto com o Conselho Estadual de Recursos Hídricos e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Meia Ponte, é necessário entender que o uso racional da água deve ser contínuo. Com a finalidade de atender às atividades econômicas como irrigação e pecuária, a Secima entendeu que deveria buscar o equilíbrio e, junto à Saneago, decidiu pela redução de 300 litros por segundo na captação feita pela empresa de abastecimento.
“Preventivamente, avaliando todas as circunstâncias, verificamos que a Saneago conseguiria atender Goiânia e Aparecida de Goiânia trabalhando com 2 mil litros por segundo”, disse. “A redução irá ajudar a manter as atividades econômicas da bacia, de acordo com as demandas apresentadas nas várias reuniões junto à Faeg, à Fieg e todos os órgãos integrados”, explicou.
O Rio Meia Ponte encontra-se pouco acima da chamada vazão ecológica, com 3,9 mil litros por segundo. Nos anos anteriores, a vazão ecológica também foi utilizada para o abastecimento da população e demais atividades. “A diferença este ano é que temos o Conselho Estadual de Recursos Hídricos etabelecido, o Comitê da Bacia do Meia Ponte está ativo. E agora estamos fazendo tudo de acordo com a possibilidade e conforme a legislação permite” afirmou Hwaskar. “O plano de racionamento da Saneago não significa que existe necessidade de alternância no abastecimento. É uma exigência da AGR e da lei, como medida preventiva caso seja necessário”, esclareceu.
De acordo com o titular da Secima, o trabalho técnico no enfrentamento da questão hídrica do Meia Ponte está sendo desenvolvido com pessoas altamente qualificadas. A prioridade definida pela Secretaria, Conselho de Recursos Hídricos e Comitê é não deixar faltar água para a população em 2018 e deixar um planejamento pré estabelecido para os anos subsequentes.