Filiado ao PSOL registra inquérito contra docente do PT por chamá-lo de machista
26 outubro 2025 às 10h04

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Toninho Vespoli (PSOL-SP) acionou a Polícia Civil após a professora Nelice Pompeu, filiada ao PT, chamá-lo de “machista” e “misógino” em publicações nas redes sociais. A investigação apura possíveis crimes de difamação, calúnia, denunciação caluniosa e perseguição, com base na representação feita pelo parlamentar.
De acordo com os advogados de Vespoli, a docente teria publicado conteúdos falsos com o objetivo de prejudicar sua imagem, afirmando que o mandato do vereador promoveu condutas misóginas. O parlamentar declarou à imprensa que é alvo de perseguição há quatro anos e que não pretende retirar a queixa, aguardando que a Polícia Civil conclua a apuração dos fatos.

Nos últimos dias, movimentos e associações de esquerda manifestaram apoio à professora, tentando pressionar Vespoli a desistir da ação. A Secretaria Municipal de Mulheres do PT em São Paulo publicou nota defendendo que a investigação representa risco para mulheres que denunciam machismo. “Criminalizar denúncias de atitudes machistas enfraquece a luta por uma sociedade igualitária, antimachista e solidária”, afirma a nota.
O inquérito também envolve um homem que postou mensagens ofensivas contra a professora. Ele admitiu ter feito as publicações, mas negou ter agido a pedido do vereador, alegando que sua intenção era defender suas convicções políticas e não prejudicar Vespoli diretamente.
A docente disse que se sente intimidada pela investigação policial e alertou para possíveis precedentes perigosos. “Quando se tenta punir mulheres por falarem, busca-se silenciá-las. Este processo pode abrir caminho para punir mulheres que denunciam o machismo que sofrem”, afirmou.
O caso continua sob análise da Polícia Civil, enquanto o debate sobre liberdade de expressão, respeito às mulheres e combate ao machismo no espaço público permanece aceso em São Paulo.
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