Felizberto Tavares considera privatização do Eixo Anhanguera “um grande equívoco”
19 março 2019 às 11h18

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“Nosso problema não está no Eixo Anhanguera. Se comparado a uma carne, o Eixo seria um filé mignon. Temos problemas maiores com linhas superlotadas, lentas e desconfortáveis”.

Ao que tudo indica, o Eixo Anhanguera, administrado atualmente pela Metrobus, será privatizado. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (Dem) e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), se reuniram na última sexta-feira, 15, para tratar especificamente sobre o assunto.
Ambos, concordam com a privatização da concessão do serviço, e, por isso, terminaram o encontro em comum acordo. Eles irão providenciar as medidas necessárias para que a pretensão seja viabilizada o mais rápido possível.
Enquanto o Estado e prefeitura buscam se afastar da discussão, bem como de suas responsabilidades com relação ao transporte coletivo, a Câmara Municipal tem mergulhado cada vez mais nessa pauta.
Na manhã desta terça-feira, 19, foi protocolado na Câmara Municipal de Goiânia um requerimento que reivindica a criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Transporte Coletivo. A intenção da Comissão é intensificar a fiscalização em relação ao serviço prestado pelo Poder Público.
Em entrevista ao Jornal Opção, o vereador Felisberto Tavares (PR) considerou a iniciativa oportuna, tendo em vista seu tema “contextualizado”. “Trataremos de um problema que a população está vivenciando e buscando uma resolução. Precisamos mitigar o grande problema do transporte coletivo e para isso temos que viabilizar essa discussão”.
Sobre a decisão de privatizar o Eixo, o vereador não mediu esforços para associar a atitude de Caiado à um “grande equívoco”. “Nosso problema não está no Eixo Anhanguera. Se comparado a uma carne, o Eixo seria um filé mignon. Temos problemas maiores com linhas superlotadas, lentas e desconfortáveis”.
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O vereador finalizou dizendo que, com isso, o governo quer transparecer que está abrindo mão de certos problemas, o que, para ele, não se justifica. “Pelo contrário, ele (Ronaldo Caiado) deveria enfrentar esses problemas. Ceder a isso, para mim, é um retrocesso”, pontuou.
O governador, Ronaldo Caiado (Dem), também já demonstrou interesse em afastar o Estado, representado pela Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização dos Serviços Públicos (AGR), da Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC). O primeiro passo para concretização de seu anseio se deu por meio da manifestação da Secretaria da Casa Civil que formalizou o pedido na última terça-feira, 12.