Favoritismo de Lula rende quase 1,5 mil novos filiados em Goiás
07 março 2022 às 07h30

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Corrida eleitoral presidencial de 2022 tem engajado petistas mas o cenário não é de comodismo, segundo a presidente da sigla em Goiás
O “efeito Lula”, isto é, a empolgação de cidadãos brasileiros com a possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser eleito em 2022, tem atraído milhares de filiados ao Partido dos Trabalhadores. O PT ganhou mais de 62 mil filiados em um ano, o maior crescimento absoluto entre os partidos brasileiros, e atingiu a marca de mais de 1,6 milhão de membros registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Apenas em Goiás, são 63 mil filiados.
No país, o PT é o segundo maior partido em número de filiados, ficando atrás somente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em 2021, a presidente estadual do partido em Goiás, Kátia Maria, diz que foram 1.447 novos filiados. Desse total, 304 em Goiânia. Ela explica que o partido tem trabalhado de forma ostensiva e que desde novembro do ano passado já visitou mais de 120 cidades goianas.
“Estamos com um sentimento muito bom. Realizamos várias reuniões para explicar como funciona o partido e a filiação em si. As pessoas têm sentido o ‘efeito Bolsonaro’ na pele e isso afeta diretamente no sentimento de que o Lula precisa voltar”, afirma Kátia.
A deputada estadual pelo PT, Adriana Accorsi, diz que é muito comum ser procurada por simpatizantes e militantes que estavam afastados por algum motivo e que agora querem se engajar novamente. “O número é imenso e todos os dias recebo ligações e mensagens nas redes sociais de pessoas que desejam não somente se filiar ao PT mas, sobretudo, se engajarem na pré-campanha do nosso pré-candidato a presidente [Lula] e nas demais pré-candidaturas”. Accorsi, que é pré-candidata a deputada federal, anteriormente já havia dito que o convite para concorrer à uma cadeira na Câmara Federal partiu de Lula. [relacionadas artigos=”379774″]
Sobre a corrida eleitoral sendo liderada por Lula e Jair Bolsonaro (PL) relativamente próximos, Kátia disse que as pesquisas são uma “aferição de momento” e que “o trabalho do partido não se acomoda, mesmo que alguns resultados projetam Lula como vitorioso ainda no primeiro turno”. Segundo a petista, o diretório tem trabalhado para fazer um contato mais próximo com a população a partir da ideia de um governo progressista e popular.