Farmácia vendia produtos destinados a bebês fora do prazo de validade
11 dezembro 2015 às 12h02

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Segundo investigação, lenços umedecidos fora do prazo de validade eram comercializados no estabelecimento, interditado pela Polícia Civil

Nova etapa da Operação Tarja-preta foi deflagrada na quinta-feira (10) pela Polícia Civil, em parceria com órgãos de fiscalização. O objetivo é coibir o funcionamento de farmácias clandestinas na capital. Uma farmácia foi fechada por irregularidades no Setor São Carlos.
Segundo a polícia, foram apuradas irregularidades em estabelecimento denominado “Medicamentos Populares”. Nele, não havia alvará de funcionamento e farmacêutico e foram encontrados produtos vencidos — inclusive para recém-nascidos, como lenços umedecidos. Para adultos, eram comercializados produtos de tarja preta e vermelha sem procedência, além de produtos de uso capilar.
De acordo com Webert Leonardo, delegado-adjunto da Delegacia Estadual do Consumidor (Decon), a farmácia é vista como “fundo de quintal e de uma porta só”. “Desde o início do ano, foram mais de dez ações. Neste caso em específico, percebemos que ela atendia grande parte da população da região”, disse, em entrevista ao Jornal Opção.
Segundo a polícia, o local não tinha higiene adequada quando do uso de medicamentos injetáveis. Suspeita-se ainda que parte dos deles são adulterados e não há registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Foram apreendidos medicamentos e a farmácia foi interditada. Os donos do estabelecimento foram indiciados por crime contra as relações de consumo e exercício ilegal de arte farmacêutica. As penas podem chegar a até sete anos de prisão.
