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Após ser expulso da Universidade de Brasília (UnB) por gravar sem consentimento professores e alunos e publicar os vídeos em tom de deboche, o influencer de direita Wilker Leão anunciou que agora está matriculado na Universidade Estadual de Goiás (UEG).

O jovem, que já se envolveu em outras polêmicas, como quando teve a camisa puxada pelo então presidente Bolsonaro após chamá-lo de “Tchutchuca do centrão”, vai cursar História na instituição goiana.

“Agora estamos aqui na UEG, Universidade Estadual de Goiás, para qual também fiz todo o processo administrativo correto para estar aqui, passei no vestibular, me matriculei em todas as disciplinas que cursarei e inclusive passei no vestibular em primeiro lugar […]. O pessoal ‘do contra’ vai ter que me engolir”, disse, em um vídeo publicado em suas redes sociais.

A reportagem confirmou que Wilker foi aprovado para o curso de Licenciatura em História no Câmpus Nordeste da UEG, em Formosa, no turno noturno.

A expulsão do influenciador de direita da UnB aconteceu no início de setembro deste ano. Na ocasião, ele foi alvo de um processo disciplinar discente (PDD) que analisou sua conduta em sala de aula e concluiu a violação das regras da instituição.

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“A UnB informa que, após o despacho decisório no âmbito do processo disciplinar discente, o estudante Wilker Leão de Sá foi excluído da instituição e está impedido de realizar novos registros de matrícula. Cabe recurso. O ato está em conformidade com as recomendações do relatório final do PDD e o parecer da Procuradoria Federal junto à UnB”, diz uma nota divulgada na época.

O então estudante tinha o costume de gravar professores e alunos sem autorização durante as aulas, debochando do conteúdo lecionado e fazendo provocações contra o que chama de “doutrinação da esquerda nas universidades”.

Em agosto de 2022, Wilker Leão também se envolveu em uma confusão, essa com o então presidente Jair Bolsonaro. Na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília, o youtuber chamou o mandatário de “Tchutchuca do centrão” e “vagabundo”, enquanto filmava a situação. Bolsonaro tentou tirar o celular da mão de Wilker e chegou a agarrá-lo pela camiseta.