Um laboratório a céu aberto, no coração da Amazônia, deve ser inaugurado às vésperas da COP30 para testar a resiliência da maior floresta do mundo diante das mudanças climáticas. Estruturas gigantescas, numa área a cerca de 70 quilômetros de Manaus, vão injetar CO2 na copa das árvores durante 12h por dia de 40% a 50% a mais da concentração do gás carbônico nos fragmentos de floresta dentro dos anéis.

O experimento servirá para medir os impactos na respiração, fotossíntese, crescimento de plantas e em outros processos. A previsão é que a estrutura, iniciada há 15 anos, seja inaugurada na semana que inicia a COP30, prevista para começar em 10 de novembro.

“É um experimento no meio da floresta que tenta simular uma atmosfera futura. Então, pra gente poder entender que impacto as mudanças climáticas vão ter sobre a floresta amazônica, que vem acontecendo desde a revolução industrial”, destaca Beto Quessada, coordenador do AmazonFACE.

Serão 96 torres de 30 metros cada, com orçamento de R$ 260 milhões para 10 anos de experimento. Os custos do projeto estão sendo repartidos entre os governos brasileiro e britânico. O projeto é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, envolvendo também a Unicamp e o Impi.

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