Advogado diz ter se retirado do caso após brasileira ter preferido acusar o jogador de estupro na esfera criminal

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Após abandonar o caso, o ex-advogado da jovem que acusa Neymar de estupro, José Edgard Bueno, resolveu se pronunciar sobre o assunto. Segundo o portal de notícias UOL Esportes, o advogado detalhou o encontro que teve na residência da família de Neymar dois dias antes da jovem — até então sua cliente — formular a denúncia. O pronunciamento do advogado foi realizado por meio de carta. 

A publicação destaca que o advogado alega ter se retirado do caso após a brasileira ter preferido acusar o jogador de estupro na esfera criminal, “mudando uma linha inicial relatada por ele”.

No documento, ele diz que a jovem teria alegado inicialmente que não queria envolver seu nome em escândalos midiáticos que poderiam afetar seu filho, inclusive, preferindo, “como lhe garante a Constituição Federal e as leis pátrias, que as alegadas agressões fossem reparadas na esfera civil”, disse.

“Considerando sua pretensão de reparação civil pelas agressões já relatadas, iniciamos a tentativa de conciliação com a parte contrária, de forma ética e transparente”, afirma.

Ele disse ter orientado sua cliente a realizar um laudo particular que constatasse as lesões sofridas por ela.”O que se buscava era que Neymar Júnior reconhecesse as agressões praticadas, bem como a necessidade de amparar a ex-contratante psicologicamente (arcando com o respectivo tratamento) e também fizesse a devida compensação pela violência perpetrada”.

Posteriormente, o primeiro contato foi estabelecido e uma reunião foi realizada. “Esses representantes [do jogador] negaram qualquer possibilidade de acordo. Isso foi prontamente comunicado a ex-contratante. (…) A partir do dia 31/05/2019, dada sua frustração, a ex-contratante tomou decisões à revelia de seus patronos [ingressar com a acusação de estupro contra o atleta]. Esse fato fez com que renunciássemos ao nosso mandato em 01/06/2009”, pontuou.

A reportagem reforça, ainda, ter confirmado o teor de uma carta divulgada pela TV Globo onde Edgard diz: “No dia 31 de maio de 2019, [a contratante] registrou um Boletim de Ocorrência no qual capitulou o fato ocorrido como ‘estupro’, ou seja, alegação totalmente dissociada dos fatos descritos por você [a jovem] aos nossos sócios, já que sempre afirmou que a relação com Neymar Jr. foi consensual, mas que, durante o ato, ele havia se tornado uma pessoa violenta, agredindo-a, sendo esse o fato típico central (agressão) pelo qual ele deveria ser responsabilizado cível e criminalmente”.